Luís Brito Câmara: Cônsul Geral de Portugal em Lyon regressa a Portugal com sentimento de “dever cumprido”

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O Cônsul-Geral de Portugal em Lyon, Luís Brito Câmara, cessa agora funções, depois de ter chegado a França em agosto de 2017. Regressa agora ao Ministério e faz um balanço “extremamente positivo” da sua missão em Lyon.

“Lembro-me com alguma saudade da primeira entrevista que dei ao Carlos Pereira” disse ao LusoJornal. “Disse-lhe naquela altura que eu vim para servir a Comunidade. Passados 4 anos, procurei sempre servir da melhor maneira os nossos compatriotas e a nossa Comunidade”.

Numa entrevista vídeo ao LusoJornal, Luís Brito Câmara diz que “o Consulado não tem atrasos no atendimento, não tem listas de espera, temos um atendimento fluído e eficiente. O Consulado está bem preparado para o futuro. Isso é também muito importante, que a nossa Comunidade possa sentir que está a ser bem servida, que eu cumpri a minha missão porque foi precisamente para isso que vim para cá”.

Apesar da pandemia, Luís Brito Câmara diz que nos últimos 4 anos “foi possível melhorar de forma substancial” o atendimento do Consulado, argumentando que “é agora mais rápido, mais eficiente e menos demorado”. Falou do “Consulado em Casa”, em que os utentes podem pedir alguns documentos sem terem de se deslocar ao Consulado. “Para quem vive em Lyon isto pode não ser muito útil, mas para quem vive em Brive, em Grenoble, ou em Dijon, isso é muito importante”.

Em agosto de 2017, o Consulado Geral de Portugal em Lyon tinha 17 funcionários. “Mas quando eu cheguei, disseram-me logo que havia uns 6 funcionários que estavam em idade de pré-reforma. A minha preocupação foi sempre, ao longo destes anos, de melhorar o atendimento. E conseguimos recrutar 4 pessoas em 4 anos, acho que foi muito bom”. No Consulado honorário de Portugal em Clermont-Ferrand, por exemplo, passou de um para dois funcionários.

“Quando eu cheguei, o Consulado fazia 12 Permanências consulares por ano e agora fazíamos 28, antes da pandemia” afirma Luís Brito Câmara esperando que logo que possível estas permanências possam retomar.

O envio do Cartão do Cidadão para casa dos utentes é também um ponto que o Cônsul-Geral destaca. “É uma coisa muito importante, as pessoas vêm cá para fazer o Cartão do Cidadão, que agora é válido por 10 anos, vão para casa e recebem em casa o Cartão” disse ao LusoJornal. Essa medida foi posta em aplicação de forma “mais acelerada por causa da pandemia”.

 

Uma entrevista dedicada ao pai

O Cônsul-Geral de Portugal em Lyon dedicou a entrevista do LusoJornal ao pai que está doente e que também passou por vários Consulados, de Joanesburgo a Madrid, passando pela Beira ou por Nogent-sur-Marne, antes do posto ter encerrado. “Antes de vir para cá, pedi-lhe alguns conselhos e ele disse-me para tratar sempre bem os funcionários, com dedicação, com profissionalismo, com respeito e sobretudo que os funcionários saibam que eu assumo todas as responsabilidades, que eles podem contar comigo se houver algum problema”.

“Sinto-me mais compatriota do que quando cá cheguei, levo um grande respeito pela nossa Comunidade, vou com um orgulho ainda mais reforçado de ser português e de ter servido a causa pública” diz ao LusoJornal.

Durante estes quatro anos diz que sempre respondeu aos convites das associações. “Quando eu cheguei cá, disseram-me que havia 130 associações, mas na verdade há cerca de 80, mas são mesmo muito ativas. Eu gostava de deixar aqui uma saudação especial aos dirigentes das associações portuguesas. Realmente, devemos saudar o esforço e a disponibilidade de todos os Presidentes, de todas as pessoas que se esforçam, que trabalham para ajudar os nossos compatriotas. Têm o perfil de líderes, são verdadeiros heróis”.

É com emoção que fala dos eventos das associações. “Eles não me convidam por ser eu, convidam-me porque sabem que quando eu lá estava era o Estado Português que estava lá a reconhecer o trabalho deles”.

Agora que regressa a Lisboa, diz que leva Lyon no coração. Lembra os empresários que conheceu. “A França constitui o segundo parceiro económico de Portugal, depois da Espanha”. Falou também da promoção da língua portuguesa e dos professores que a promovem nesta região consular tão grande como Portugal, e da boa imagem que os Franceses têm de Portugal. “Eu ressenti que os Portugueses que moram cá, contribuem e vão contribuir de forma significativa para continuar a dignificar Portugal”.

Para finalizar, falou ainda das relações “naturalmente boas” que manteve com as autoridades francesas. “Naturalmente, o Cônsul-Geral de Portugal em Lyon foi sempre muito bem tratado. Fui sempre convidado para os eventos mais importantes aqui em Lyon e nunca deixei de ir”.

Ver a entrevista AQUI.

 

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