LusoJornal / Carlos Pereira

Lusodescendente lançou no mercado uma lâmpada revolucionária e inovadora para as autarquias

Leonel António Guerreiro acaba de lançar no mercado uma lâmpada inovadora. Trata-se de uma lâmpada Led, com consumo reduzido, e arrefecida a óleo. Para além de reduzir o consumo, a lâmpada ilumina mais e dura mais tempo. Os potenciais clientes são sobretudo as autarquias locais, porque todas elas pretendem fazer economias energéticas.

Mas o conceito de Leonel Guerreiro e da Led-Elweiss vai mais longe: por um lado, as autarquias locais podem mudar de lâmpadas sem ter de mudar os candeeiros, por outro lado, a intensidade da iluminação pública pode ser controlada a partir de um simples telemóvel.

Os pais vêm do Alentejo, mas Leonel Guerreiro nasceu na fronteira suíça, no Jura. Vive há cerca de 20 anos em Paris e também é empresário há 20 anos. Criou uma empresa de produção de eventos e de aconselhamento, mas agora deixou tudo, para se concentrar nesta nova atividade, com parceiros há mais de 5 anos.

«Esta é uma verdadeira revolução, uma inovação» garante Leonel Guerreiro ao LusoJornal referindo-se às lâmpadas que já ganharam quase todos os prémios de inovação. «Agora, as municipalidades, para pouparem dinheiro, têm que mudar as iluminações públicas. Nós, claro que também vendemos os candeeiros, mas desenvolvemos sobretudo um produto que se chama I40 Led Liquid, cuja revolução é que só é necessário mudar a lâmpada e não o poste, nem o candeeiro, que vai custar duas ou três vezes mais do que a lâmpada» explica.

A maior parte das lâmpadas utilizadas na iluminação pública consomem, segundo Leonel Guerreiro, cerca de 172,5 W, enquanto a lâmpada I40 Led Liquid pode ser regulada para 50 W, com a mesma intensidade de iluminação, o que faz poupar até 70% no consumo».

Leonel Guerreiro garante que «o investimento inicial é muito interessante na medida em que fica muito mais barato comprar só a lâmpada do que comprar novos iluminários, também a nível da poupança da energia, que é sempre superior a 25%». O jovem empresário lusodescendente, que fala fluentemente francês, português, inglês e alemão, não tem mãos a medir: percorre as estradas de França, da Alemanha e da Suíça, à procura dos Autarcas interessados neste novo produto. «Os nossos clientes estão muito contentes, porque com o dinheiro poupado, podem utilizá-lo em iniciativas para a população».

Leonel Guerreiro também vende este tipo de lâmpadas para plataformas industriais. «Ainda ontem tive uma encomenda de uma Central nuclear, e a indústria também precisa dessas lâmpadas para fazer economias de energia».

Num cálculo por alto, um armazém com 100 lâmpadas normais de 90 W tem um custo anual de 4.000 euros de eletricidade. Com as novas lâmpadas da Led-Elweiss, com consumos de apenas 8 W, «poupamos tanto, que num mês e meio a lâmpada está paga e no final do ano poupa-se mais de 3.000 euros». As lâmpadas para o mercado industrial são mais pequenas, mas continuam a ser arrefecidas a óleo e têm a particularidade de serem inquebráveis!

Mas por enquanto ainda não vende para o mercado doméstico. «Seria necessário muito investimento». Quem sabe, dentro de uns anos…

O próximo momento importante para a Led-Elweiss tem lugar já este fim de novembro, com o Salon des Maires. «Vamos apresentar uma inovação de conetividade, por exemplo com um telemóvel pode-se controlar a intensidade das lâmpadas todas de uma cidade. Essa é outra grande revolução».

Leonel Guerreiro também representa na Europa sistemas inovadores de iluminação adaptados para estádios e terrenos desportivos. «Estamos a equipar pequenos terrenos de futebol, em aldeias com 500 habitantes, com preços que agora são acessíveis. São produtos de qualidade, e mesmo as pequenas aldeias podem equipar os seus estádios de futebol com estes equipamentos e projetores».

Os primeiros clientes vieram da Alemanha e da Suíça, mas também em França o produto está a ganhar novos clientes. «Agora chegou o momento de apostarmos também em Portugal» diz a sorrir.

Leonel António Guerreiro não tira os olhos de Portugal. Por várias razões: «é essencial porque estamos ligados a Portugal, porque falamos português e porque em Portugal a eletricidade é demasiado cara» explica ao LusoJornal.

A Dinamarca é o país com a eletricidade mais cara, depois vem a Alemanha e o terceiro país da Europa com a eletricidade mais cara é Portugal. «O custo da eletricidade em Portugal é muito maior do que aqui em França e se eu puder ajudar Portugal com esta inovação, seria uma alegria» confessa.

 

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