Fabrizio Malisan

Lusodescendentes na corrida para os Jogos Olímpicos de inverno

[pro_ad_display_adzone id=”46664″]

 

O Selecionador nacional de esqui, Sérgio Figueiredo, disse que Portugal já não é notícia só por aparecer nas competições internacionais e que para Pequim2022 “há qualidade e quantidade na escolha”.

Sérgio Figueiredo destacou que as presenças de Portugal nos Jogos Olímpicos de Inverno não são vistas como um momento insólito, mas como algo que se tornou um hábito, apesar do “potencial de treino reduzido no país”.

“No passado, tínhamos um ou dois atletas, agora já temos três vagas garantidas. É uma evolução que se nota das edições anteriores”, analisou o técnico nacional de esqui.

Segundo o Selecionador, “Portugal tem mais quantidade e mais qualidade na escolha”. “Antes não tínhamos tantos atletas com potencial”, acrescentou.

Na ótica de Sérgio Figueiredo, trata-se de “um sinal de que já houve algum desenvolvimento na última década e investimento nas bases das Seleções nacionais, contacto com as Comunidades portuguesas e no âmbito da base interna”.

Além da mais experiente Vanina de Oliveira Guerillot (na foto), no esqui alpino, vão também tentar pontuar Ariana Ribeiro e Alessandra Cicalesi.

No setor masculino, há três atletas, “no mesmo patamar”, a disputarem a vaga masculina para a competição realizada na China, todos integrados no Programa de Apoio à Participação nos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022: os covilhanenses Ricardo Brancal e Manuel Ramos e Baptiste Aranjo, residente em França, neste momento com melhor pontuação.

“Ter três a disputar uma vaga aumenta a competitividade. Os três estão a dar o melhor de si para chegarem aos Jogos Olímpicos com a melhor pontuação possível. Vai ser difícil escolher, e isso é bom”, acentuou Sérgio Figueiredo, em declarações à Lusa.

O Técnico nacional sublinhou que o país não tem o estatuto para ir para Pequim a pensar em medalhas, mas com o objetivo de atingir um ‘top 50’ e entrar num ‘top 40’ “seria muito bom”. “Os atletas que andam no ‘top 30’ vivem em países com uma cultura de neve diferente e têm três ou quatro vezes o nosso volume de treino”, explicou.

No esqui alpino feminino, Vanina de Oliveira Guerillot, de 19 anos, com raízes em Atães, Guimarães, é a esperança no slalom, prova em que é mais forte, no slalom gigante e, eventualmente, no super gigante, embora se tenha ressentido da lesão nas costas que a afetou nos Mundiais e se encontre a fazer fisioterapia.

Sérgio Figueiredo, em conjunto com a estrutura da Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDIP), terá também de decidir, em janeiro, quem vai representar as cores nacionais no esqui nórdico.

Embora José Cabeça se tenha destacado até agora, nos 10 km estilo livre, estão também a tentar melhorar as marcas Filipe Cabrita e André Gonçalves.

O papel do Selecionador, referiu Sérgio Figueiredo, é “a articulação com os treinadores e encontrar as melhores soluções”.

O esqui foi a modalidade mais representada nas nove participações de Portugal em Jogos Olímpicos de Inverno. Em PeyongChang2018, Arthur Hanse competiu em esqui alpino e Ke Quyen Lam no esqui de fundo. Em Sochi2014, estiveram Camille Dias e Arthur Hanse, ambos em esqui alpino, em Turim2006 e Vancouver2010 Danny Silva foi o único português em prova, no esqui de fundo, e em Lillehammer1994 o atleta luso Georges Mendes também marcou presença no esqui alpino.

Hoje, faltam 100 dias para o início dos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022, que decorrem entre 04 e 20 de fevereiro de 2022.

 

Ana Ribeiro Rodrigues, Lusa

 

[pro_ad_display_adzone id=”38157″]