Memória de Gérald Bloncourt foi evocada em Vila Velha de Rodão

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No passado dia 20 de maio, Vila Velha de Rodão, uma vila raiana no distrito de Castelo Branco, promoveu uma iniciativa cultural que evocou a memória do saudoso fotógrafo franco-haitiano Gérald Bloncourt (1926-2018), consagrado fotógrafo que imortalizou a história da emigração portuguesa para França nos anos 60.

A sessão, organizada pela Biblioteca Municipal José Baptista Martins, dinamizou-se em torno do lançamento do romance literário “O Homem de Duas Sombras”, da autoria de José Manuel Batista e com chancela das Edições Colibri. Um livro que propõe uma reflexão sobre a emigração e a deriva existencial de um homem que enfrenta os fantasmas da memória, e cuja fonte de inspiração radica no espólio fotográfico de Bloncourt sobre as duras condições de vida dos emigrantes portugueses nos ‘bidonvilles’ nos arredores de Paris, como os de Saint-Denis ou Champigny, com condições de habitabilidade deploráveis, sem eletricidade, sem saneamento nem água potável, construídos junto das obras de construção civil.

A sessão, que encheu por completo o auditório da Biblioteca Municipal de Vila Velha de Rodão, para além do autor, contou ainda com a participação da ensaísta e helenista Maria Mafalda Viana, do Presidente da edilidade raiana, Luís Miguel Ferro Pereira, do editor Fernando Mão de Ferro, e do historiador Daniel Bastos, que fez uma retrospetiva sobre a vida e obra do fotógrafo que imortalizou a história da emigração portuguesa para França.

Refira-se que a iniciativa incluiu a inauguração de uma exposição de fotografias de Gérald Bloncourt, intitulada “Rumo ao Norte”, e que foi cedida pelo Museu das Migrações e das Comunidades, sediado em Fafe, instituição a quem o fotógrafo franco-haitiano confiou o seu espólio em Portugal, com o intuito da divulgação e preservação das imagens que representam um contributo fundamental para a (re)construção da identidade e memória coletiva nacional.

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