O 1° Master de engenharia educativa internacional em França vai abrir em Nantes

A inclusão dos jovens migrantes vai ser alvo de uma formação universitária no ESPE (École Supérieure du Professorat et de l’Éducation) da Academia de Nantes, a partir de outubro de 2018.

O Master em Engenharia Educativa Internacional, inovador e único em França, tem como principal objetivo, segundo Dora François, responsável da formação e Maître de Conférences em Línguas, «aprofundar os conhecimentos sobre as migrações e a inclusão das populações a fim de desenvolver estratégias sociais e educativas que favorizarão o aprender e o viver em conjunto».

Numa conjuntura de aumento dos fluxos migratórios a nível mundial, este Master surge da consequente necessidade de encontrar soluções para favorizar a integração das crianças migrantes e das suas famílias em vários domínios (linguísticos, culturais, escolares, jurídicos, etc.). Uma delas é a de formar pessoas especializadas nestas questões através de uma formação interdisciplinar e internacional. «Precisamos de refletir e de pensar em dispositivos de inclusão educativa dos migrantes em toda a sua complexidade, ou seja, levar a cabo investigações, experimentar, inovar…», diz Bruno Lebouvier, Diretor adjunto do ESPE.

Esta formação é fruto de uma colaboração entre França, Portugal e Brasil. A Universidade de Nantes vai, assim, colaborar com as Universidades de Aveiro e de Brasília, pois os estudantes deverão, para validar o seu diploma de Master, passar um semestre numa das universidades parceiras para poder observar, comparar e pôr em perspetiva as diferenças e as similitudes das diferentes práticas locais. «A análise das condições de uma educação inclusiva, nestes três países, constitui um terreno de estudo representativo e, portanto, ideal para tratar das problemáticas migratórias», explica Dora François.

Nesta formação vai ser tida em conta não somente a dimensão cultural e linguística, mas também a pedagógica, pois, para a responsável da formação o «principal desafio para os professores confrontados a estas problemáticas, é o de construir o comum, respeitando, ao mesmo tempo, a singularidade e a diversidade. Um paradoxo que acompanha o acesso aos saberes partilhados e vai contribuir para a integração e a autonomia».

 

Mais informações: www.espe.univ-nantes.fr

Responsável da formação:

Dora François dora.francois@univ-nantes.fr

 

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