O CDS-PP recomenda uma “aposta clara e empenhada” de defesa e projeção da Língua Portuguesa

[pro_ad_display_adzone id=”46664″]

 

O Grupo Parlamentar do CDS quer que o Governo promova “empenhadamente” a Língua Portuguesa. Para tal, os Deputados apresentaram um Projeto de resolução, no qual recomendam ao Governo que “crie condições para uma maior utilização e promoção da Língua Portuguesa enquanto capital estratégico para a internacionalização da cultura e economia nacionais; que prossiga a integração do ensino do Português no estrangeiro nos sistemas educativos locais; valorize o espaço virtual como plataforma do ensino à distância não só para alunos estrangeiros, mas também para alunos portugueses ou lusodescendentes; fomente de hábitos de leitura através do Plano de Incentivo à Leitura; e alargue a rede de leitorados e de universidades com cursos de Língua Portuguesa”.

O CDS-PP quer ainda que o Governo “exerça de forma renovada e intensa o empenho político e diplomático, em parceria com os países da CPLP e no quadro da Assembleia Parlamentar das Nações Unidas, de forma a tornar a Língua Portuguesa uma das línguas oficiais da ONU”.

 

Maior aposta no Ensino do Português no Estrangeiro

Para o CDS-PP, “a política de afirmação da Língua Portuguesa como eixo estruturante da política externa nacional, deve articular-se com a disseminação e promoção internacional da nossa cultura, como se associa ao desenvolvimento dos esforços de internacionalização da economia portuguesa, dependendo, igualmente, da dinamização de políticas públicas consistentes na consolidação da rede do Ensino do Português no Estrangeiro (EPE)”. Assim os Deputados centristas defendem “uma orientação de maior qualidade e exigência nas diversas modalidades do EPE, em estreita articulação com uma política de afirmação da cultura portuguesa, que privilegie a imagem de um país moderno e empenhado nos desafios globais da lusofonia”.

“É preciso uma maior aposta na avaliação desses alunos, feita de acordo com padrões de referência internacionais e com exigência. São necessários mais programas de inventivo à leitura para os alunos. E é preciso uma aposta forte num plano de formação contínua para os professores da rede do EPE. É uma tarefa que exige a cooperação estreita do Governo com os demais organismos públicos com competências nesta matéria – principalmente o Instituto Camões – por forma a assegurar a dinamização de políticas de internacionalização da Língua Portuguesa”.

 

Uma língua com 807 anos

No Projeto de resolução, o CDS-PP introduz que “a Língua Portuguesa, pertença de vários povos e nações, é hoje uma das línguas globais, sendo a quarta mais falada no mundo, a terceira língua europeia global e a mais falada no hemisfério sul. Está presente em todos os continentes e, num mundo cada vez mais aberto e globalizado, é um importante instrumento de afirmação política, cultural e económica”.

Depois de explicarem que a Língua Portuguesa é património de mais de 260 milhões de pessoas (3,7% da população mundial), que é uma das línguas mais influentes do mundo, com tendência para o crescimento dos seus falantes, dos utilizadores como segunda língua e da sua afirmação como língua de cultura e de ciência na comunicação universal, e depois de lembrarem que em 27 de junho de 1214 foi adotado pela primeira vez um documento oficial redigido na nossa língua, o testamento de D. Afonso II, o CDS afirma que “a título de exemplo, foram Eurodeputados do CDS-PP que cunharam, em 2003, no Parlamento Europeu, a expressão ‘línguas europeias de comunicação universal’, mais tarde, designadas ‘línguas europeias globais’. Tendo-se empenhado, posteriormente, em contribuir para que ficasse expresso, numa resolução do Parlamento Europeu, do mesmo ano, o reconhecimento do Português como a ‘terceira língua europeia de comunicação universal’”.

 

[pro_ad_display_adzone id=”41077″]