LusoJornal | Carlos Pereira

O galerista e colecionador de arte luso-francês Philippe Mendes nomeado para o conselho da Hispanic Society Museum & Library of America

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O galerista e colecionador de arte luso-francês Philippe Esteves Mendes e os copresidentes da Fundação Gaudium Magnum, Maria e João Cortez de Lobão, foram nomeados para o Conselho Consultivo Internacional da Hispanic Society Museum & Library (HSML), principal instituição museológica de arte e cultura iberoamericana dos Estados Unidos da América.

A cerimónia de tomada de posse dos novos membros do Conselho decorreu na quarta-feira desta semana, durante a reunião plenária da HSML, em Nova Iorque.

A Fundação Gaudium Magnum (FGM) tornou-se a primeira entidade portuguesa presente na instituição.

O convite foi feito por Philippe de Montebello, Presidente da HSML, e antigo Diretor do Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque.

O Conselho Consultivo Internacional da HSML recebeu dez novos membros. Além de Maria e João Cortez de Lobão (Portugal) e de Philippe Mendes (França), integra ainda esta instituição Frances Reynolds (Brasil).

Como já tinha sido divulgado pelo LusoJornal, o galerista Philippe Mendes, emitiu um comunicado indicando que doou, entretanto, à HSML, um desenho do pintor português maneirista Fernão Gomes, que faz agora parte do acervo daquele museu nova-iorquino, considerado um dos melhores do mundo no campo da cultura iberoamericana, mas onde a presença portuguesa “é praticamente inexistente”, aponta.

Philippe Mendes, especialista em pintura italiana da Renascença, ficou conhecido por ter doado, em 2016, uma pintura de Josefa d’Óbidos ao Museu do Louvre, em Paris, onde possui a sua galeria.

Nesse espaço organizou, no ano seguinte, uma exposição com obras do escultor Rui Chafes, e prepara atualmente uma outra dedicada ao pintor português José Loureiro.

Nascido em Paris, filho de pais portugueses, Philippe Mendes estudou Direito na Sorbonne e História da Arte na Escola do Louvre e nos Museus do Vaticano, em Roma. Regressou depois ao museu parisiense para fazer parte do seu departamento científico e ensinar História da Pintura Italiana.

Os novos membros do Conselho Consultivo Internacional da HSML vão juntar-se a cerca de 40 pessoas, sobretudo originárias dos Estados Unidos da América e de Espanha, mas também do México, Suíça, Reino Unido e Filipinas, partilhando “uma paixão pela arte e cultura hispânica e Latina”, comprometidas com o apoio à “apresentação, conservação e estudo” da coleção da instituição.

A cerimónia de tomada de posse dos novos membros decorreu na sede da HSML, em Nova Iorque, o maior centro de arte e cultura ibero-americano dos Estados Unidos, e que “conta com mais de 500 mil peças, e representa a maior coleção de arte hispânica do mundo fora do conjunto dos países de língua portuguesa e espanhola”.

Fundada em 1904 por Archer Milton Huntington, a HSML funciona como museu e biblioteca públicos de acesso gratuito, com o objetivo de promover o estudo e valorização da arte, literatura e cultura do mundo hispânico.

No museu estão reunidas obras-primas de El Greco, Velázquez, Zurbarán, Murillo, Goya e Sorolla, e ainda obras em escultura de Gil de Siloe, Juan de Juni, Pedro de Mena e Luisa Roldán, pinturas latino-americanas de Vázquez, López de Herrera, Luis Juárez, López de Arteaga, Correa, Rodríguez Juárez, Campeche e Arrieta, assim como obras de todas as áreas das artes decorativas, entre a totalidade do seu acervo.

A HSML foi designada, em 2012, Património Histórico Nacional dos Estados Unidos, como reconhecimento do papel que “desempenhou na promoção da arte e cultura hispânicas por mais de um século”.

 

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