Lusa | Manuel Fernando Araújo

Opinião: Acreditar em Portugal e nas Comunidades portuguesas

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O Partido Social Democrata (PSD) acabou de eleger Luís Montenegro como o seu novo Presidente. Estas eleições internas ocorreram após uma derrota eleitoral nas últimas eleições legislativas que deixou marcas no Partido e no seguimento de quatro anos de uma liderança que teve dificuldades em se afirmar como uma verdadeira oposição ao Governo.

O novo Presidente Luís Montenegro, foi eleito de uma forma inequívoca pelos militantes do PSD, o que permite admitir que o principal Partido da oposição vai ter agora claras condições para se afirmar como uma verdadeira alternativa a um governo que, apesar da maioria obtida, demonstra uma grande incapacidade para inovar e para definir políticas e reformas concretas para o país.

Apesar da vitória com mais de 70% de Luís Montenegro, o novo líder tem desde logo como principal missão unir a família social-democrata e em minha opinião regressar ao contacto com os militantes, com as sua estruturas, tanto as do território nacional como as das Comunidades portuguesas.

Para concretizar o propósito da unidade é necessário ir ao reencontro dos militantes e, para mobilizar o Partido é fundamental que as bases assumam um papel importante na vida do Partido e, através dele, na vida do país.

Da mesma forma, o agora líder da oposição tem que ir junto dos Portugueses estejam eles em Lisboa, no Porto, em Monção, Vila Real de Santo António, Genebra, Paris ou Rio de Janeiro.

É fundamental que no Partido Social Democrata a palavra dos seus militantes e a opinião dos Portugueses seja vista como o principal contributo para o avançar de propostas que tenham como objetivo melhorar a vida dos Portugueses.

É importante ouvir para depois decidir.

Nesta missão de unir e mobilizar, que considero ser a grande prioridade de Luís Montenegro num futuro próximo, estão naturalmente incluídas as nossas Comunidades não só pelo papel que assumem para o desenvolvimento do país e para a afirmação de Portugal no mundo, mas porque é uma prioridade absoluta assumir de uma vez por todas a realidade de um país que vive e existe através do seu território e, sobretudo através do seu povo que está espalhado pelos quatro cantos do mundo.

Luís Montenegro é alguém que sempre teve uma enorme sensibilidade para o mundo das Comunidades. Tive a oportunidade de o verificar nos muitos anos em que colaborei com ele na Assembleia da República, em que pude perceber a forma como ele se revê nas Comunidades portuguesas e o entendimento que tem no seu papel e no seu contributo para Portugal.

Neste momento em que se deu por concluído um período em que as Comunidades portuguesas foram ignoradas ao mais alto nível do PSD, é determinante ir agora ao seu encontro e procurar reconstruir uma organização daquele que é, que foi e que será o grande Partido da Emigração.

O PSD tem que recuperar a sua vocação reformadora tão necessária para um país que, independentemente da agenda mediática, continua inapelavelmente a caminhar para os lugares dos países menos desenvolvidos no contexto europeu.

A situação atual da área das Comunidades portuguesas é uma das razões pela qual o país precisa de um PSD forte e de um PSD capaz de liderar no plano político as propostas que poderão inverter a tendência negativa que conhecemos há vários anos nomeadamente, na resposta dos nossos serviços consulares.

É verdade que hoje o espectro político português teve alterações profundas e o PSD tem que fazer face ao surgimento de novos partidos, incluindo partidos populistas à sua direita, mas isso não o deve limitar naquele que são os seus grandes propósitos para Portugal e para os Portugueses.

Nestas eleições diretas como em momentos anteriores, estive com o Luís Montenegro.

Fi-lo porque acredito na sua capacidade política, na sua humildade ao entender o papel que cada cidadão assume para o seu país e sobretudo, porque ao contrário de outros, entendeu e defendeu o facto de termos parlamentares oriundos das próprias Comunidades.

Os Portugueses residentes no estrangeiro independentemente das suas vicissitudes na relação com Portugal nunca deixaram de acreditar no seu país.

Agora com Luís Montenegro a assumir a liderança do PSD, o maior partido da oposição, têm ainda mais razões para nele confiarem. Tanto mais que Luís Montenegro acredita num Portugal repartido pelo mundo, ou seja, acredita no meu e no nosso Portugal, no qual se incluem as nossas Comunidades.

 

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