LusoJornal / Mário CantarinhaParlamento português aprovou por unanimidade Voto de Pesar pela morte do jornalista Daniel RibeiroCarlos Pereira·Comunidade·24 Janeiro, 2025 A Assembleia da República aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar pela morte do jornalista Daniel Ribeiro, recordado como “um amante da liberdade”. O voto foi apresentado à Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, por um grupo de Deputados socialistas, encabeçado pelo Deputado Paulo Pisco e recorda a morte no passado dia 10 de janeiro, em Lisboa, do jornalista Daniel Ribeiro, aos 71 anos. Natural de Carregal do Sal, nasceu a 20 de dezembro de 1953, tendo vivido perto de quatro décadas em Paris, onde acompanhava, muito de perto, a vida política francesa. “Daniel Ribeiro era um jornalista reconhecido e respeitado, que chegou a Paris nos anos 80, tendo trabalhado durante cerca de uma década na secção portuguesa da Radio France Internacional (RFI) e como correspondente de O Jornal, do Expresso e da Antena 1”, refere o texto. Foi ainda Diretor de antena da Rádio Alfa, “uma referência para a Comunidade portuguesa na região parisiense e noutras partes de França”, sendo desde há pouco tempo o seu correspondente em Lisboa. “Na sua atividade profissional destaque para a forma como acompanhou a política francesa e pelas suas inúmeras grandes reportagens, desde François Mitterrand a Emmanuel Macron, cobriu os atentados à redação do Charlie Hebdo e a crise dos coletes amarelos, mas também a vida e a evolução da Comunidade portuguesa em França, sobre a qual sempre teve um olhar muito atento, perspicaz e genuíno, tornando-se uma figura determinante da mesma e implicando-se de corpo inteiro nas suas causas importantes”, considera o voto. No voto, recorda-se que Daniel Ribeiro apenas interrompeu a sua atividade jornalística em 1999 para desempenhar funções como porta-voz da missão diplomática portuguesa em Dili, durante o referendo à independência de Timor-Leste promovido pelas Nações Unidas. “Daniel Ribeiro era um homem singular, amante da liberdade, que vivia a vida com intensidade, que partilhava com a sua companheira, a soprano japonesa, Mieko Kamiya. Profissionalmente, escrevia com profundidade e tinha bem consciência do poder transformador do jornalismo e do seu impacto social e político”, destaca ainda o texto cujos subscritores iniciais foram os Deputados socialistas Paulo Pisco, João Paulo Rebelo, José Rui Cruz, Pedro Coimbra, Manuel Pizarro, Marina Gonçalves, Carlos Brás, Ricardo Costa, Walter Chicharro, Pedro Sousa, Fátima Correia Pinto, Eduardo Pinheiro, Isabel Ferreira, André Pinotes Batista, Susana Correia, José Luís Carneiro, Clarisse Campos, Nelson Brito, Miguel Iglésias, Irene Costa, Nuno Fazenda, Palmira Maciel, Joana Lima, Luís Dias, Lia Ferreira, João Azevedo, João Torres, Sofia Andrade, Tiago Barbosa Ribeiro, Fernando José, Sérgio Ávila, Eurico Brilhante Dias, Raquel Ferreira, José Costa, Eurídice Pereira, Ana Sofia Antunes, Patrícia Caixinha, Sofia Canha, Elza Pais, Jamila Madeira, Jorge Botelho, André Rijo, Carlos Pereira, Carlos Silva, Miguel Cabrita, Gilberto Anjos, Ana Abrunhosa, Ana Mendes Godinho, Rosário Gambôa, Ricardo Lima e Davide Amado. Na parte resolutiva do texto hoje aprovado, a Assembleia da República “lamenta a morte do grande profissional que foi o jornalista Daniel Ribeiro, transmitindo à família e amigos os seus mais sentidos pêsames”.