Paulo Pisco quer uma Europa forte e uma língua portuguesa valorizada

Paulo Pisco, Deputado do PS eleito pelo círculo eleitoral da Europa, esteve presente no Congresso da associação Cívica onde discursou sobre a importância da Europa a nível mundial, do voto dos Portugueses para manter uma Europa forte, sem esquecer de abordar o papel da associação de luso-eleitos, bem como da situação da língua portuguesa em França.

O Deputado português começou por explicar o conteúdo da sua intervenção sobre as eleições europeias: “Os Europeus, e muito particularmente os Portugueses, têm de perceber aquilo que está em causa com as eleições para o Parlamento Europeu no dia 28 de maio. A Europa precisa da participação de todos, porque a Europa tem dado um grande ‘bem-estar’ a todos os Europeus. Os problemas que existem, existem em todo o planeta, faz parte dos ciclos económicos, mas a Europa não pode ser desvalorizada e sobretudo não pode cair nas mãos dos extremistas. Os extremistas querem fazer implodir a Europa. A Europa, se não estiver unida, será muito prejudicada pelas outras grandes potências. Para essas potências, uma Europa forte, livre, democrática, com uma grande progressão económica e social, com a defesa dos valores humanistas e do ambiente, é um problema porque eles não têm os mesmos valores”, sublinhou Paulo Pisco.

O Deputado também não esqueceu de realçar o papel que tem tido a associação Cívica – associação dos autarcas portugueses ou de origem portuguesa em França – nestes últimos anos: “Organizações como a Cívica podem ter um papel determinante na medida em que concentra uma grande quantidade de eleitos de origem portuguesa. São esses os melhores transmissores, duplicadores de opiniões, neste caso sobre aquilo que é importante fazer para proteger o projeto europeu”, admitiu o Deputado.

Paulo Pisco também não hesitou em marcar posição no que diz respeito à situação da língua portuguesa em França, lembrando o impacto que tem o Português a nível mundial: “A Língua Portuguesa também tem estado no centro do debate. Há uma necessidade de mobilização da Comunidade portuguesa, e também das nossas instâncias portuguesas como já referiu o próprio Embaixador de Portugal em França. Todos estão conscientes daquilo que está em causa. Na realidade é uma grande injustiça o Português não ser considerado como uma das línguas de especialidade no liceu. Isso é completamente contraditório com o acordo que foi ratificado pela França de transformação do ensino da língua portuguesa. Ela é reconhecida pelo Estado francês. Tudo isto é contraditório. A França por exemplo aderiu como membro associado à CPLP, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em que os membros associados têm um papel reforçado. Aliás uma das tarefas que têm é de valorizar e promover a língua portuguesa. A língua portuguesa é importante em França, num país em que existem muitos casamentos mistos, e em que existem mais de um milhão de portugueses e de lusodescendentes. A língua portuguesa é uma das poucas línguas que é tida em todos os estudos como uma língua de futuro, hoje é a quinta língua mais falada no mundo com cerca de 260 milhões de falantes. Aliás a perspetiva é que em 2050 haja 350 milhões. A língua portuguesa não é uma língua rara, é uma das línguas mais importantes no mundo e abre a porta para todos os continentes. Acho que até é um grande trunfo para a França pelos laços históricos que existem entre franceses e portugueses”, concluiu.

 

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