“Pêcheur d’Avril”: Um livro infantil de Simone Mota, um cruzamento entre o Brasil e a França

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“Pêcheur d’Avril”, uma história escrita pela brasileira Simone Mota e ilustrado pela francesa Élise Carpentier, foi lançado esta semana em França pela editora Six Citrons Acides graças à tradução de Clara Domingues.

Um livro que brinca com a tradição francesa do Dia da Mentira e que narra um encontro à beira-mar entre um pescador e um menino. Durante a conversa que mantiveram, o pescador falou-lhe dos peixes que viviam no mar, nomeadamente do chamado peixe de abril. Mentira ou verdade?

Uma história que nasceu num curso de língua francesa que Simone Mota frequentava com o intuito de visitar a França. “A professora levou esta história para a aula e o nome Poisson d’Avril nunca mais saiu da minha mente”, disse a autora. “Eu não conhecia esta história e este cruzamento de culturas, como as histórias do dia da mentira variam de país para país, tudo isso despertou a minha curiosidade”.

Um livro que, quando foi publicado no Brasil, em 2016, beneficiou de uma economia colaborativa. De modo a ultrapassar as dificuldades inerentes a um processo editorial tradicional, a autora juntou um grupo de artistas e colaboradores – entre os quais Élise Carpentier, na altura a morar na cidade de Macaé, ao norte do Rio de Janeiro – que convergiram energias para fazer nascer “Peixe de Abril”.

“A Élise estudou xilogravura, o que combina perfeitamente com esta história, que tem um pouco de nordeste, e aí nós juntamos um grupo e avançámos”, explicou a autora.

O traço tropical da ilustradora e a história que desconstrói uma tradição francesa dá a este livro uma riqueza que a autora explica como sendo “uma mistura de mim e da Élise, do Brasil e da França. E eu gosto muito da França e estudo a língua francesa. Depois, tivemos a tradução da Clara, que é portuguesa, e isso tudo deu uma mistura de nacionalidades muito rica”.

“Pêcheur d’Avril” é uma história de peixes, reis e rainhas brasileiros e, claro, de enganos e verdades, tudo bem alicerçado numa velha tradição francesa. Uma leitura que não deixará nenhuma criança (e adulto) indiferente.

 

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