Portugal está hoje representado ao mais alto nível na homenagem a Jacques Delors



Portugal está representado ao mais alto nível na cerimónia fúnebre de homenagem ao político francês Jacques Delors, presidida pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, no Hôtel des Invalides, em Paris.

Ontem à tarde o Parlamento português aprovou, por unanimidade, a deslocação do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa a Paris, para assistir à cerimónia de homenagem.

O assentimento da Assembleia da República às deslocações do Chefe de Estado é uma formalidade imposta pela Constituição, que estabelece que o Presidente da República não pode ausentar-se do território nacional sem autorização do Parlamento.

Figura da construção do projeto europeu e considerado o “pai do euro”, Jacques Delors foi Presidente da Comissão Europeia entre 1985 e 1995, durante três mandatos, incluindo na adesão de Portugal à União Europeia (1986).

Em 1986, aprovou o Ato Único Europeu, o qual levou à criação do Mercado Único Europeu, em 1993.

A assinatura dos acordos de Schengen, o lançamento do programa de intercâmbio de estudantes Erasmus, a reforma da Política Agrícola Comum e o lançamento da União Económica e Monetária que conduziu à criação do euro são outros dos momentos do projeto europeu que estão associados a Jacques Delors.

Enquanto membro do Partido Socialista francês, em 1974, e do seu Comité diretor, em 1979, foi eleito parlamentar europeu em 1979 e presidiu à Comissão Económica e Monetária até maio de 1981.

De maio de 1981 a julho de 1984, Jacques Delors foi Ministro da Economia e das Finanças e foi também eleito Maire de Clichy, de 1983 a 1984.

Marcelo Rebelo de Sousa representar Portugal na cerimónia fúnebre e veio acompanhado pelo anterior Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, que foi Primeiro-Ministro durante todo o período dos mandatos de Jacques Delors à frente da Comissão Europeia, e por José Manuel Durão Barroso que também presidiu à Comissão Europeia durante dez anos.