Lusa / Filipe Farinha

SPCL diz que alunos e professores portugueses nas Comunidades são cada vez mais discriminados

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O Sindicato dos Professores das Comunidades Lusíadas (SPCL) emitiu ontem um comunicado onde afirma que, no passado dia 13 “abriu oficialmente a ‘caça à propina’, na Alemanha e Suíça para todos e em França e Luxemburgo a partir do 7° ano, ou, mais corretamente, o assédio ao bolso dos pais de alunos portugueses no estrangeiro, para que paguem no ato de inscrição, a quantia de 100 euros para que os seus filhos possam continuar a ter aulas de Português uma vez por semana, cerca de 60 minutos no máximo, em péssimas condições, com crianças e jovens desde os 6 aos 16 ou 17 anos, lecionados em grupos tão heterogéneos que muitas vezes comportam alunos de 5 níveis diferentes de escolaridade”.

No comunicado enviado às redações, a Secretária Geral do sindicato explica que “como era de esperar, da promessa de redução do montante feita pelo PS nada se viu e, lamentavelmente, tanto a tutela como políticos ligados, ou talvez desligados, da emigração afirmam que ‘está tudo bem’ porque os alunos não pagam os manuais, podem fazer uma prova para obtenção de um certificado de Português Língua Estrangeira e existem descontos para os chamados casos sociais, uma enorme generosidade por parte de um Governo que no passado dia 2 de dezembro condenou os pais dos alunos portugueses no estrangeiro a continuar a pagar a inconstitucional taxa de frequência, porque ao que parece se o Instituto Camões perder o milhão de euros que embolsa com esse pagamento ficará na ruína, apesar de em dezembro de 2021 ter recebido mais de 17 milhões de euros ,verba destinada a tablets e computadores a distribuir por alunos e professores, de que até hoje não há rasto”.

“É escandaloso que um Governo conceda sem problemas 320 milhões à TAP, 22.049 milhões aos bancos e mais uns quantos milhões avulsos a indivíduos que não se sabe o que fizeram para os merecer” escreve Teresa Duarte Soares em nome do SPCL. “As crianças e jovens portugueses e lusodescendentes nas Comunidades é que não merecem nem 1 milhão, têm de continuar a pagar para um direito constitucional, com a ocasional caridadezinha dos Instituto Camões, que faz desconto aos pais divorciados ou desempregados, desde que apresentem comprovativo da situação. O antigo compromisso de honra já não é aceite porque, dizem, tem havido ‘fraudes’”.

Teresa Duarte Soares reforça: “Que fraude maior haverá que recusar um direito aos Portugueses, mas proporcionar ensino gratuito e de qualidade nos cursos frequentados por uma maioria de alunos de outras nacionalidades, ou até só com alunos estrangeiros? Correto não pode ser, como também não é correto nem aceitável que os professores portugueses a cargo do citado Instituto tenham sido de novo relegados para segunda prioridade nos concursos em Portugal, o que dificulta obter vinculação, pois o ME afirma que esses professores já não lhe pertencem e o Instituto Camões nem sequer se digna reunir com os representantes sindicais para terminar com a precariedade no EPE, onde há cada vez menos alunos e menos professores, apesar da publicidade enganosa para fazer crer que tudo está muito bem. Não é verdade, mas é assim que estamos. E estamos muito mal” termina o comunicado.

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