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Tour de France: Alexander Kristoff de amarelo e Nélson Oliveira é 78°

O ciclista norueguês Alexander Kristoff (UAE Emirates) venceu ontem ao ‘sprint’ a primeira etapa da Volta a França, marcada pela chuva e pelas quedas, vestindo a camisola amarela inaugural da 107ª edição. O único ciclista português, Nélson Oliveira, da Movistar, está na 78ª posição, com o mesmo tempo do camisola amarela.

Alexander Kristoff ‘sobreviveu’ à atribulada jornada de 156 quilómetros entre Nice Moyen Pays e Nice, em que caíram favoritos como o francês Thibaut Pinot (Groupama-FDJ) e o colombiano Nairo Quintana (Arkéa–Samsic), impondo-se ao Campeão mundial, o dinamarquês Mads Pedersen (Trek-Segafredo), segundo, e ao holandês Cees Bol (Sunweb), terceiro, com o tempo de 3:46.23 horas.

Uma etapa complicada com várias quedas num percurso que acabou por ser perigoso para os ciclistas com a chuva que caiu durante quase toda a prova.

Com uma estrada escorregadia, os atletas até neutralizaram uma parte da primeira etapa num momento em que havia muitas quedas e que o pelotão começava a estar dizimado.

Nos últimos 30 quilómetros, planos, as equipas de ‘sprinters’ tentaram pôr as suas táticas em pratica.

O norueguês acabou por vencer o sprint, impondo-se ao campeão mundial, o dinamarquês Mads Pedersen (Trek-Segafredo), que foi segundo, e ao holandês Cees Bol (Sunweb), que terminou em terceiro.

No que diz respeito ao único ciclista português presente no Tour, Nelson Oliveira da equipa Movistar, acabou no 78° lugar com o mesmo tempo do vencedor, isto porque a três quilómetros da chegada houve uma queda, onde estava o francês Thibaut Pinot (Groupama-FDJ) e que acabou por cortar o pelotão em duas partes, sendo que Nelson Oliveira ficou para trás nessa altura não disputando a chegada ao sprint.

Na geral as posições são as mesmas e o norueguês Alexander Kristoff vai então vestir a camisola amarela na etapa deste domingo novamente com partida e chegada a Nice, no sul da França.

A 107ª Volta a França em bicicleta arrancou ontem, em Nice, com o colombiano Egan Bernal (INEOS) a envergar o dorsal número um na defesa do título alcançado no ano passado.

A prova, que deveria decorrer entre 27 de junho e 19 de julho, e foi adiada devido à pandemia de Covid-19, é a primeira grande Volta a ser disputada esta temporada, e tem como grandes favoritos, além do ciclista da INEOS, o esloveno Primoz Roglic e o holandês Tom Dumoulin, ambos da Jumbo-Visma.

A INEOS apostou todas as ‘fichas’ no Campeão em título, abdicando dos seus dois nomes mais sonantes – o quatro vezes vencedor do Tour, Chris Froome (2017, 2016, 2015 e 2013), e o vencedor de 2018 e segundo classificado do ano passado, o também britânico Geraint Thomas – e construindo um ‘oito’ à imagem de Bernal, nomeadamente com três companheiros hispanófonos, um dos quais o equatoriano Richard Carapaz, o ainda detentor do Giro e, presumivelmente, o ‘plano B’ da equipa britânica.

O colombiano, de 23 anos, vai procurar consolidar o potencial de futuro dominador do Tour, partindo de Nice como o único antigo vencedor presente e único representante do pódio da edição anterior, já que, além de Thomas, também o holandês Steven Kruijswijk vai falhar a 107ª ‘Grande Boucle’, neste caso por lesão.

Desejosas de salvarem uma época atípica, e de compensarem os quatro meses de paragem, as equipas apostaram quase tudo na Volta a França, com os favoritos a oscilarem entre ‘veteranos’ na luta pela amarela, como o colombiano Nairo Quintana, agora a solo como líder da Arkéa-Samsic, os franceses Romain Bardet (AG2R La Mondiale) ou Thibaut Pinot (Groupama-FDJ), os espanhóis Mikel Landa (Bahrain-McLaren) e Alejandro Valverde (Movistar), e os ‘novatos’, casos do colombiano Miguel Ángel López (Astana) ou do esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates).

Entre os 176 participantes desta edição do Tour, que termina em 20 de setembro, depois de percorridos 3.484,2 quilómetros, distribuídos por 21 etapas, nos Champs Elysées, em Paris, está o português Nélson Oliveira, que alinha pela quinta vez na corrida francesa.

A ‘Grande Boucle’ deste ano está também condicionada pelo novo coronavírus, com o protocolo sanitário da prova a prever a exclusão de uma equipa caso haja dois casos de infeção entre os seus ciclistas no período de sete dias.

 

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