Um livro de Filomena Juncker: “Echos du silence dans l’oeuvre en prose de Maria Ondina Braga”

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No ano em que se celebra o centenário do nascimento Maria Ondina Braga – apesar de ela ter escolhido para si própria 1932 como ano do seu nascimento – chega ao mercado francês uma obra importante sobre a vida e obra da escritora bracarense.

“Echos du silence dans l’oeuvre en prose de Maria Ondina Braga”, da autoria da professora universitária Filomena Juncker, especialista em literaturas francófonas e lusófonas, estuda “o silêncio como substância material” na obra da escritora cujos trabalhos, há muito esgotados em Portugal, vão ser publicados este ano e em sete volumes pela Imprensa Nacional/Casa da Moeda.

Maria Ondina Braga, filha de uma família culta e bem instalada, foi uma viajante, algo de anormal para uma mulher portuguesa do seu tempo. Ela frequentou a Alliance Francaise, em Paris, e licenciou-se em Literatura Inglesa na Royal Society of Arts, em Londres. Depois desses estudos, foi docente em alguns dos territórios então ocupados pelo império português: Angola, Goa e Macau.

De regresso à Europa, instalou-se em Lisboa e continuou a sua carreira no ensino, mas também trabalhou como tradutora, traduzindo para português obras de Erskine Caldwell, Graham Greene, Bertrand Russel, Herbert Marcuse e Tzvetan Todorov. Colaborou igualmente com jornais e revistas, tais como A Capital ou o Diário Popular. Instalada no meio literário, tornou-se inevitável a sua estreia como escritora.

Em 1949, nasceu então “O meu sentir”, um livro de poemas, publicado a expensas da autora, ao qual se seguiu um outro, “Almas e Rimas”, em 1952.

Na crónica, em 1965, estreia-se com “Eu Vim para Ver a Terra”, e, em 1966, graças a “A China Fica ao Lado” ganhou o Prémio do concurso de Manuscritos do SNI. O primeiro de muitos prémios. Em 1970, com “Amor e Morte” (obra traduzida para várias línguas), venceu o Prémio Ricardo Malheiros da Academia de Ciências de Lisboa. Em 1991, venceu o Prémio Eça de Queirós pelo seu romance “Nocturno em Macau” e, em 1998, com Vidas Vencidas, foi‑lhe atribuído o Grande Prémio de Literatura ITF 2000.

Maria Ondina Braga faleceu na sua cidade natal em 2003, sendo hoje considerada um dos grandes nomes femininos da narrativa portuguesa contemporânea.

 

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