Universidade da Covilhã cria campus interuniversitário com duas universidades francesas

A (UBI), na Covilhã, vai criar um campus interuniversitário com mais cinco universidades europeias, num projeto que englobará o intercâmbio de alunos e profissionais, e que visa contribuir para o desenvolvimento dos territórios de montanha.

Em comunicado enviado esta semana à Lusa, esta instituição do distrito de Castelo Branco explica que o projeto foi aprovado no âmbito do programa europeu “Universidades Europeias” e resulta do consórcio internacional “UNITA – Universitas Montium”, que é constituído pela UBI, em parceria com a Universidad de Zaragoza (Espanha), a Université de Pau et des Pays de l’Adour e Université Savoie Mont Blanc (França), a Università Degli Studi di Torino (Itália) e a Universitatea de Veste din Timisoara (Roménia).

“As seis instituições de Ensino Superior, que, no total, têm cerca de 160.000 estudantes e 15.000 colaboradores, uniram-se em torno da partilha de objetivos, realidades e desafios comuns”, refere a UBI, salientando que entre os pontos de união das academias em causa estão a promoção das línguas românicas, a localização geográfica em regiões de montanha e de fronteira de cada um dos países e o facto de se constituírem como importantes elementos no desenvolvimento das comunidades em que se inserem.

Neste contexto comum, o consórcio “UNITA – Universitas Montium” quer juntar sinergias e aprofundar o desenvolvimento dos territórios, a partir de conceitos como a sustentabilidade e a economia circular e, ainda, promover a formação focada no aluno, numa perspetiva de multiculturalidade e inclusão, de acordo com a herança europeia.

Segundo a informação divulgada pela UBI, nos próximos três anos, as seis universidades vão trabalhar na constituição de um campus interuniversitário que funcionará através da mobilidade de estudantes, docentes, investigadores e funcionários. “Para os estudantes, por exemplo, será possível circular entre as instituições durante a formação, beneficiando de um modelo pedagógico inovador”, está detalhado.

A nota também frisa que, “além das vantagens da mobilidade, os avaliadores da proposta reconheceram a ‘forte ambição’ do UNITA para contribuir para o desenvolvimento regional, através da implementação de Estratégias de Especialização Inteligente importantes para as zonas periféricas onde se situam as seis academias”.

Citado na nota de imprensa, o vice-reitor da UBI para o Ensino e Internacionalização, João Canavilhas, sublinha que o intercâmbio de ideias e trabalho já começou com a preparação da candidatura: “Foram muitos meses de trabalho árduo e dezenas de reuniões que envolveram professores, funcionários e estudantes das universidades UNITA, mas valeu a pena. A experiência da UBI no campo da internacionalização no espaço lusófono foi destacada na avaliação”, salientou.

O responsável destaca ainda que a aprovação deste projeto é “um motivo de grande orgulho” para toda a comunidade da UBI e para a região, afirmando-se também como uma oportunidade de a universidade “ganhar uma verdadeira dimensão europeia e de fazer a ponte entre a Europa e o mundo lusófono”.

A componente da cooperação internacional é igualmente destacada pelo reitor da UBI, António Fidalgo, que aponta como exemplos a formação de quadros, o desenvolvimento de projetos de investigação e a já existente mobilidade de alunos, docentes e ‘staff’.

“Temos um enorme comprometimento com os grandes desafios que se colocam às nossas sociedades, como o desenvolvimento sustentável ou a economia circular. É nossa preocupação que, internamente, possamos implementar as melhores práticas no funcionamento da academia, transferir conhecimento que seja uma mais-valia para a proteção ambiental e, sobretudo, formar cidadãos e profissionais com uma nova mentalidade”, diz.

 

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