Régis Sénécal lança o romance “Quis matar Mário Soares” no dia 25 de abril


A Douro, editora francesa criada por António de Morais Cardoso, particularmente vocacionada para o mercado francófono, vai publicar, no dia 25 de abril, a versão em língua portuguesa do livro “Quis matar Mário Soares”, de Régis Sénécal, para ser distribuída em Portugal. A versão francesa também foi publicada nas edições Douro, em outubro de 2023.

“As páginas manuscritas que Maria me confiou em 1998 narram sucintamente uma série de episódios de sua vida, desde o seu nascimento em 1925 até o início dos anos 2000. Estranhamente, ela fala pouco do período durante a Revolução dos Cravos, embora tenha regressado a Portugal, onde permaneceu entre agosto de 1974 e novembro de 1975. E o que ela relata revela é um momento de vida extraordinário” diz a editora em comunicado. “As informações fragmentadas testemunham que foi lançada no turbilhão revolucionário ao lado de um amigo de juventude, o líder político e herói antifascista Manuel Serra. E com ele, vai compartilhar intimamente as peripécias políticas desse período. Neste parêntese surpreendente, Maria Portugal, cuja personagem oscila entre factos reais e a narrativa imaginária, torna-se a heroína deste romance. Ela atravessará o que foi na Europa o último movimento insurrecional, onde um povo tenta apropriar-se do seu próprio destino e imaginar uma outra forma de sociedade”.

“E se o caminho esboçado pela Revolução dos Cravos fosse aquele que as nações europeias poderiam ter seguido? O povo português, despertando após meio século de ditadura, tentou-nos mostrar outro caminho possível”.

“Eu quis matar Mário Soares” é uma ficção que revela aspetos incomuns do pós-25 de Abril de 1974.

Régis Sénécal, ator e encenador, dirigiu durante vinte e quatro anos, perto de Rouen, em França, uma cena convencionada de interesse nacional para a canção.

Autor de peças de teatro, também escreveu e coescreveu obras sobre a história local.

Recebeu numerosos escritores nos Cafés Literários que programou.

Durante a Perestroika, interessou-se pela música rock e pela pintura russa, em torno das quais organizou vários eventos.

O autor contribuiu também para numerosos intercâmbios sobre a francofonia com o Québec e a África Ocidental. É membro da Academia Charles Cros.

Régis Sénécal tinha 21 anos quando fez a sua primeira viagem a Portugal em julho de 1974, alguns meses após o golpe dos Capitães. Voltou uma segunda vez em abril de 1975 e uma terceira em julho do mesmo ano. Ainda hoje, confessa que se mantém impressionado com esse processo revolucionário, que lhe pareceu tão importante quanto a Comuna de Paris.

Em 2021, Régis Sénécal publicou o seu primeiro romance: «l’Antre du Serpent», na coleção «D’Ici et d’Ailleurs» na editora Douro.

O fundador da editora Douro foi também cofundador da Rádio Alfa e do canal de televisão CLP TV.

LusoJornal