Antigo padre da Igreja de Gentilly nas portas de Paris foi condenado na Madeira a 6 anos e meio de prisão por abuso sexual de menores



O julgamento do ex-padre madeirense Anastácio Alves, que esteve em funções na Paróquia portuguesa de Gentilly, do outro lado do periférico parisiense, foi condenado pelo Tribunal da Comarca da Madeira a seis anos e meio de prisão efetiva por quatro crimes de abuso sexual de crianças e um crime de atos sexuais com adolescente.

A juíza Carla Meneses indicou que quase todos os factos foram dados como provados, e que o arguido “reconheceu possuir pulsão sexual por adolescentes” e foi diagnosticado com uma parafilia.

O arguido está ainda proibido, por um período de sete anos, de exercer funções que envolvam menores.

Os crimes foram todos praticados contra o mesmo menor, tendo ocorrido entre 2015 e 2016 na casa da avó da vítima.

Em declarações aos jornalistas, à porta do tribunal, o advogado do antigo padre, Miguel dos Santos Pereira, admitiu recorrer da decisão, mas realçou que ainda vai analisar o acórdão.

A defesa de Anastácio Alves entende que o ex-padre não praticou os quatro crimes de abuso sexual de crianças, admitindo apenas o crime de atos sexuais com adolescente, que remonta ao verão de 2016 durante um jantar na casa da avó da vítima.

Em setembro de 2018, quando Anastácio Alves ainda exercia funções em França, a Diocese do Funchal mandou-o regressar de urgência e comunicou o seu afastamento da ação pastoral, na altura ainda por suspeita de abuso sexual.