Armando Pereira, cofundador da Altice, dormiu na cadeia em Portugal

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Armando Pereira, um dos donos da Altice, proprietária da SFR, da Portugal Telecom, da MEO, do Jornal Libération e de BFM TV, entre outras empresas, dormiu esta noite na cadeia, em Portugal, no seguimento de buscas na sede da Altice, em Lisboa e na casa de Armando Pereira em Vieira do Minho.

As buscas à Altice Portugal resultam de suspeitas dos crimes de “corrupção no setor privado, fraude fiscal agravada, falsificação e branqueamento”, adiantou ontem a Procuradoria-Geral da República, na sequência da operação do Ministério Público e da Autoridade Tributária.

De acordo com uma nota divulgada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público (MP), além das buscas na sede da empresa, em Lisboa, “estão a ser realizadas várias dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias em diversas zonas do país”, numa ação que conta também com o apoio da PSP.

A informação sobre a operação foi revelada ao final da manhã pela CNN Portugal, que indicou a suspeita das autoridades sobre a eventual simulação de negócios e a ocultação de proveitos na alienação de património imobiliário da antiga PT. Um dos negócios que se encontra sob suspeita está alegadamente ligado à venda de quatro prédios em Lisboa por cerca de 15 milhões de euros.

Segundo o canal, os compradores dos edifícios têm ligações a um circuito empresarial que foi montado em Braga, na Zona Franca da Madeira e no Dubai, com um esquema para circulação de capitais e devolução dos mesmos aos vendedores, resultando em prejuízos para a Altice Internacional e para o Estado.

Entretanto, fonte oficial da empresa tinha confirmado à Lusa que a Altice Portugal “foi uma das empresas objeto de buscas pelas autoridades em cumprimento de mandado do Ministério Público no âmbito de processo de investigação em curso”.

Segundo a mesma fonte, a dona da Meo garantiu estar “a prestar toda a colaboração que lhe é solicitada”, reiterando que “estará sempre disponível para quaisquer esclarecimentos”.

Segundo a imprensa portuguesa, Hernâni Vaz Antunes, conhecido por ser o braço direito de Armando Pereira, está em parte incerta.

Armando Pereira detém 20% da Altice, empresa mão da SFR, que fundou com Patrick Drahi. A fortuna da Armando Pereira está avaliada em 1,6 mil milhões de euros pelo magazine Challenges e é o português mais rico do mundo.

Saiu de Portugal com apenas 11 anos de idade, deixando a escola e os campos onde trabalhava e veio para França. Ficou-se primeiro em Nancy. Em 1985, com 33 anos de idade, criou a empresa de telecomunicações Sogetrel, em Thaon-les-Vosges e torna-se num dos principais subcontratantes da France Telecom.

Conhece Patrick Drahi em 1991 e desde então os dois homens nunca mais se separam. Em 2002, Armando Pereira entrou no capital da Altice para pilotar a área técnica da empresa.

Amador de carros de corrida, Armando Pereira mora entre Lausanne, na Suíça, Marbella, em Espanha, Lisboa e Vieira do Minho, em Portugal.

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