Bisneto do Escultor Alves de Sousa visitou busto da República na Embaixada de Paris

No fim de janeiro, Pedro Guilherme-Moreira, o bisneto do escultor português Alves de Sousa (1884-1922) regressou a Paris onde tem vindo regularmente para investigar sobre a passagem do seu bisavô pela capital francesa.

Há 20 anos que Pedro Guilherme-Moreira, advogado e romancista publicado na Editora Dom Quixote, tem feito pesquisas sobre o bisavô. Aliás, nasceu e cresceu com o mito do escultor há 50.

Desta vez, com a ajuda de Cândido de Sousa, Pedro Guilherme-Moreira visitou, na Embaixada de Portugal em Paris, o Busto da República assinado pelo seu bisavô Alves de Sousa. O busto foi oferecido ao Ministro da Legação da altura, “seu bom amigo e protetor João Chagas”. “Fiquei muito comovido e ainda mais consciente do meu papel de peão na recuperação da memória de um verdadeiro Rodin português” disse ao LusoJornal.

Alves de Sousa casou com uma francesa, Germaine Lechartier, que está enterrada no Cemitério parisiense de Bagneux. Esta foi uma das descobertas de Pedro Guilherme-Moreira que faz um autêntico “trabalho de formiga” para reconstituir a vida do casal, em Ville d’Avray, em Biarritz, em Sain Pair-sur-mer, em Lucerne d’Otremer, em Rouen ou em Menton, por onde sabe que passaram.

Pedro Guilherme-Moreira está a preparar as comemorações dos 100 anos da morte do escultor, e necessita de apoio em Paris para a sua investigação. “Apoio institucional e apoio pessoal para prosseguir a investigação, no sentido de orientação e precisão de certos detalhes”.

Esta é uma verdadeira corrida contrarrelógio já que o objetivo é a publicação de um romance em 2022, “pelo que em 2018 e 2019 terei de fechar a investigação para romance, para o escrever em 2020. Depois é trabalho editorial” confirma ao LusoJornal.

Na Embaixada foi recebido pelo Embaixador Jorge Torres Pereira. “Começou aqui, no meu entender, o fim da morte de um escultor”.

 

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