Boa Notícia: Super-heróis e super-vilões

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Na indústria da banda desenhada, um super-herói “vende bem” quando os autores conseguem criar um super-vilão que seja antagónico ao protagonista; que seja o seu exato contrário. Batman teria tido o mesmo êxito sem o Joker? Ou o Super-homem sem Lex Luthor? Este tipo de contraste seduz a maioria dos leitores, pois simplifica a trama da aventura e transforma cada episódio, por muito banal que seja o seu argumento, numa nova batalha da eterna guerra entre o Bem e o Mal.

Devemos ter cuidado para não aplicar este tipo de interpretação ao Evangelho do próximo domingo, que descreve uma discussão entre Jesus e os fariseus: se Jesus é o Messias (o sumo Bem!) então os seus adversários são o Mal incarnado e tudo o que fazem e dizem é guiado pela pura maldade? Não. Com estes paradigmas reduzimos os fariseus a caricaturas e o sentido do Evangelho permanece fora do nosso alcance.

Na verdade, os fariseus eram homens (como nós) que procuravam conhecer a realidade divina e interpretar os textos sagrados. Qual é então o grande pecado dos fariseus? A resposta é simples: terem absolutizado (idolatrado) a própria conceção de Deus. Eles estão seguros de já ter compreendido tudo! E por isso, são incapazes de reconhecer em Jesus a presença de Deus, pois Ele não corresponde à imagem messiânica que a teologia farisaica tinha elaborado.

«Como agora dizeis: “Nós vemos”, o vosso pecado permanece». A última frase do Evangelho de domingo indica o obstáculo que impede aos fariseus de entrar na lógica do Reino de Deus: a arrogância. «Nós vemos; nós já sabemos; nós já conhecemos!» É esta atitude que não os deixa sair dos próprios esquemas mentais e abraçar a novidade que é Jesus Cristo.

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