LusoJornal / Jorge Campos

Celebrações portuguesas a 13 de maio em França

As comemorações católicas de 13 de maio são vistas, por emigrantes portugueses, como uma celebração religiosa e uma oportunidade para um encontro das comunidades, mas também um momento de aproximação às sociedades de acolhimento.

Em França, as celebrações marianas também ultrapassam fronteiras e atraem portugueses e lusodescendentes da Suíça, Alemanha ou Luxemburgo, mas também franceses – é o caso das festas em honra de Nossa Senhora de Fátima em Mont Roland, na região de Jura (leste do país), que decorrem este fim de semana e que reúnem entre 10 a 15 mil pessoas.

“Para além das celebrações religiosas, temos uma parte festiva em que há concertinas, folclore e restaurantes para comer”, afirmou Arménia Pereira, uma das organizadoras do evento, que se realiza há 52 anos no santuário religioso de Mont Roland, onde há também uma capelinha dedicada à Virgem de Fátima.

“A religião é sempre um fator de união, a par das várias associações portuguesas aqui em França. Há uma certa religiosidade mais popular, muito típica portuguesa que circula à volta da devoção mariana que até pode prejudicar a sua dimensão mais teológica, mas a sinceridade e naturalidade das pessoas é uma grande riqueza”, afirmou o padre Leandro Garcês, que lidera a paróquia da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Gentilly, junto a Paris.

Para além da igreja de Gentilly, o outro grande polo da comunidade católica portuguesa em Paris é o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Porte des Lilas, contando cada uma das igrejas com afluência dominical de cerca de 700 pessoas. A igreja em Gentilly tem mesmo cerca de 700 crianças nos diferentes níveis de catequese. É também nestas duas igrejas, dependentes diretamente da Igreja em Portugal, que se concentram as duas maiores celebrações do 13 de maio, com missa e uma pequena procissão das velas.

No entanto, este ano será diferente em Gentilly. Com a igreja a precisar de obras, a recém-criada Fundação do Fiel Amigo O Bacalhau, que junta vários empresários portugueses e luso-descendentes, decidiu unir esforços à paróquia para pintar o interior do edifício que data de 1936 e que foi entregue à comunidade no final dos anos 1970.

A empreitada envolve a doação de mais de 5 toneladas de tinta e andaimes para aceder a uma torre com 36 metros de altura. Segundo o chanceler desta fundação, estas obras mostram o papel da religião na comunidade: “Eu sei, porque conheço bem a comunidade portuguesa, que a religião é muito importante. Em qualquer sítio e em qualquer associação. A Igreja é essencial na nossa cultura”, afirmou Cândido Faria, empresário e chanceler da Fundação do Fiel Amigo O Bacalhau.

 

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