Cívica quer nova rede administrativa portuguesa nas Antilhas

A associação de autarcas de origem portuguesa, Cívica, conjuntamente com os membros eleitos em França do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) querem que haja “uma reconstrução da rede administrativa portuguesa a ser criada nas Antilhas”.

Numa nota enviada às redações, a Cívica explica que os Portugueses residentes nas Antilhas francesas devem, administrativamente, estarem inscritos no Consulado Geral de Portugal em Paris e pergunta: “Mas como se podem inscrever com uma distância de 7.000 quilómetros?”

O Presidente da Cívica lembra que “esta solicitação é bem antiga, mas nunca foi tomada em consideração”.

Agora que o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, vai visitar as vítimas na região, a Cívica quer que “se abra esta discussão”.

“Podem ser analizadas Permanências consulares, Protocolos com as câmaras municipais locais de serviço administrativo Europeu, a criação de um Consulado honorário,…” lembra a Cívica. “Os autarcas franceses de origem portuguesa estão disponíveis para divulgar os trabalhos realizados com outros países europeus, no âmbito da cooperação administrativa europeia, nas autarquias francesas”.

“Como acontece muitas vezes, é necessário uma catástrofe para focalizar a realidade lusa noutra parte do mundo, hoje é nas Antilhas francesas” assume o comunicado assinado pelo Presidente da Cívica, Paulo Marques.

Mais de 3.000 Portugueses residiam nas ilhas francesas de Saint Martin e de Saint Barthélemy, devastadas pela passagem do furacão Irma.

Segundo a Cívica, após o drama, o Delegado da Cívica na Guadeloupe, José Fernandes Rodrigues (na foto), coorganizou uma rede de solidariedade para acolher as famílias portuguesas em trânsito pelo Aeroporto internacional de Pointe-à-Pitre / Le Raizet.

A rede da Cívica Guadeloupe e Outre-Mer foi criada em fevereiro de 2016 com uma reunião na cidade do Lamentin, que reuniu perto de 70 Portugueses. José Rodrigues é o delegado da Cívica para as Antilhas francesas e em Saint Barthélemy vivem e trabalham perto de 2.600 Portugueses ou lusodescendentes.

O Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas está a caminho da região para prestar apoio aos cidadão portugueses.