Colaboração entre polícias francesa e portuguesa desmantela rede internacional de tráfico de cocaína



A Polícia Judiciária (PJ) deteve na terça-feira desta semana, em Lisboa, três portugueses suspeitos de tráfico internacional de cocaína, um deles o alegado cabecilha da rede, numa investigação coordenada com as autoridades francesas que começou no início de 2022.

Em comunicado, a PJ adianta que em conjunto com o Office Anti-Stupéfiants (OFAST) francês levou a cabo a operação ‘Origami’ que desarticulou uma organização internacional de tráfico de cocaína “que se dedicava reiteradamente à introdução de elevadas quantidades de cocaína, provenientes nomeadamente do Brasil, no continente europeu”.

Através da colaboração das autoridades dos dois países foram identificadas e controladas em França três situações de transporte de cocaína dissimulada no casco de navios, adiantou a PJ. “Na prossecução da investigação desenvolvida em França e Portugal, apoiada por trabalho de recolha e pesquisa de matéria probatória e em intensa atividade policial, foi possível identificar e deter três pessoas de nacionalidade portuguesa no âmbito do cumprimento de Mandados de Detenção Europeu”, acrescenta a nota da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE).

Durante a investigação, que culminou com a detenção dos suspeitos, foram desenvolvidas e executadas diversas diligências que já tinham permitido apreender cerca de 288 quilos de cocaína, refere a PJ.

No decurso do cumprimento dos mandados de busca realizados durante o dia 12, foram apreendidos cerca de 125.000 euros.

A investigação prossegue titulada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Amadora com a finalidade de identificar e deter outros presumíveis autores ou elementos do grupo.

Os detidos foram logo presentes no Tribunal da Relação de Lisboa e de Évora para primeiro interrogatório judicial. Dois dos três detidos ficaram em prisão preventiva e o terceiro em domiciliária, disse a PJ.

Fonte oficial da Polícia Judiciária adiantou à agência Lusa que o alegado cabecilha da rede, o luso-cabo-verdiano Heitor Brandão, residente em Lisboa, ficou em prisão preventiva por decisão judicial após o primeiro interrogatório, medida de coação também aplicada ao seu sogro.