LusoJornal / Mário Cantarinha

Conferência na Embaixada em Paris marcou “Pontapé de saída” da Presidência portuguesa da UE

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O Embaixador de Portugal em França, Jorge Torres Pereira, organizou esta segunda-feira, na Embaixada portuguesa, uma conferência sob o mote “Tempo de Agir: por uma retoma justa, verde e digital”, para marcar o início da Presidência portuguesa do Conselho da União europeia. Assistiram à conferência alguns Embaixadores de países da União Europeia em Paris e está disponível no LusoJornal.

O “sucesso” da Presidência portuguesa vai influenciar a Presidência francesa do Conselho da União Europeia que vai começar no início de 2022, levando a França a apoiar “a 200%” as ambições lusas à frente do projeto europeu. “Somos muito solidários convosco e apoiamos a 200% a Presidência portuguesa […] Estamos comprometidos, Portugueses e Franceses, num desafio que não é como os outros. Enfrentamos a crise de uma geração, é uma prova para a Europa e um teste à sua capacidade de reagir e projetar as suas ambições para o future”, disse o Embaixador François Delattres, Secretário-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.

Entre as prioridades da Presidência portuguesa, François Delattres sublinhou ainda “o combate pela Europa Social” e uma nova fase da relação entre a Europa e outros parceiros, como os Estados Unidos com a nova administração Biden.

Logo no início da conferência, Jorge Torres Pereira apresentou as prioridades da Presidência portuguesa. “Isto interesse aos Embaixadores dos outros Estados-membros em posto em Paris” explicou o Embaixador português ao LusoJornal, “mas também queria mostrar o ângulo da sociedade civil e das pessoas que pensam sobre estas questões, daí o convite a Enrico Letta, o antigo Primeiro-Ministro italiano que é o Presidente de um instituto de relações internacionais de Sciences-Po e que tem escrito e pensado sobre o projeto europeu”.

Enrico Letta ressalvou que Portugal terá um papel “essencial” devido ao momento em que acontece esta Presidência e na relação da União Europeia com o exterior. “O início do ano mostra um mundo que está a mudar, que está a redescobrir o multilateralismo, com o que se passa nos Estados Unidos e também as grandes mudanças na Ásia. […] Um país global como Portugal, e sempre do lado do multilateralismo, vai fazer com que a Europa seja cada vez mais um protagonista neste processo”, indicou.

Outro desafio que também será colocado a Portugal nos próximos meses é a regularização do mercado digital na Europa, um ponto em que mesmo os grandes grupos têm dificuldade em combater os gigantes americanos, relatou por seu lado Enrique Martínez, Presidente do grupo FNAC-Darty e que participou no debate. “Falamos há muito tempo da discriminação que existe e sobre os benefícios fiscais concedidos aos grupos americanos e aos quais nós, empresas europeias, não temos acesso. Isso cria uma diferença enorme e é urgente agir com rapidez”, alertou.

Jorge Torres Pereira justificou o convite a Enrico Martínez por ser “muito importante abordar o relançamento económico, particularmente porque estamos interessados na transição digital ecológica e queríamos ter um representante da economia real, um grande empresário, que é o Presidente da Fnac-Darty, ainda por cima um amigo de Portugal e que esteve, há uns anos atrás, à frente da Fnac Portugal”.

Portugal assumiu a sua quarta Presidência do Conselho da União europeia no dia 1 de janeiro, a qual se estenderá durante o primeiro semestre de 2021, sucedendo à Alemanha e antecedendo a Eslovénia, sob o lema “Tempo de agir: por uma recuperação justa, verde e digital”.

O debate foi moderado pela correspondente em Paris da “Político”, Rym Momtaz.

VER AQUI A CONFERÊNCIA

 

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