LusoJornal / Patrícia Guerreiro

Covid-19: A Festa do S. João em Clermont-Ferrand foi anulada

A 40ª Festa do S. João, em Clermont-Ferrand (63), que devia ter lugar nos próximos dias 19, 20 e 21 de junho, acaba de ser anulada, como confirmou ao LusoJornal João Veloso, o Presidente da associação Os Camponeses Minhotos, entidade organizadora.

A Festa de S. João já é uma instituição em Clermont-Ferrand. Começou por ser uma festa da associação portuguesa, mas foi-se transformando numa festa da cidade, realizada numa das praças de Clermont-Ferrand, a Place du 1er mai.

Mas este ano tratava-se de uma festa particular, porque se festejava os 40 anos de organização deste evento. Por isso João Veloso passou a festa de dois para três dias e tinha um programa musical com os Gipsy, José Malhoa, Elena Correia, entre outros artistas.

O recinto costuma encher, recriando em Clermont-Ferrand um autêntico arraial minhoto, com possibilidade de comer, com uma cascata do S. João, com uma grande fogueira e até com fogo de artifício. O desfile pelas ruas da cidade era outro dos pontos fortes da Festa. Para este ano, a organização tinha previsto a vinda do Grupo Folclórico de S. Trocato, Guimarães, do Grupo da Casa de Santa Marta de Portuzelo de Pantin e, claro, o grupo da casa, Os Camponeses Minhotos. Deviam desfilar, como habitualmente, pelas principais artérias da cidade e deviam ser recebidos, também como habitualmente, no Hôtel de Ville de Clermont-Ferrand.

Para este ano, a novidade era também a presença, pela primeira vez na história da festa, de carros alegóricos. “Estávamos a prever a presença de vários carros alegóricos, ia ser muito bonito” explicou João Veloso ao LusoJornal. “Mas este ano não tínhamos as condições para fazer a festa e por isso, estamos a anular o evento junto de todos os nossos parceiros”.

 

Casa de Portugal está encerrada

A associação Os Camponeses Minhotos já tinha anulado a eleição do concurso Miss Portugal Régions de France, que esteve agendado para o dia 4 de abril. “Mas ainda estamos a estudar a possibilidade de organizar este concurso no segundo semestre do ano. Estamos ver se é possível” disse o Presidente da associação.

A sede da associação – Casa de Portugal como é conhecida – está atualmente encerrada. Trata-se de um edifício enorme, em pleno centro da cidade, construído de raiz pela coletividade, com o apoio de empresários locais e recorrendo a créditos bancários. “O banco aceitou parar durante 6 meses a cobrança das mensalidades de reembolso do nosso crédito, o que é uma grande ajuda para nós. Senão, não sabíamos como fazer” confessou João Veloso ao LusoJornal.

Neste momento, Os Camponeses Minhotos continuam, no entanto, a cozinhar para fora, e os Portugueses da região já estão habituados a ir buscar de comer à associação portuguesa.

 

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