LusoJornal / Mário Cantarinha

Covid-19: Elena Correia: “Esta crise afetou muito o meu trabalho”

Todos os artistas foram afetados com a anulação de concertos e a suspensão de programas na televisão. Elena Correia, uma artista portuguesa radicada na região de Paris, sofre diretamente com esta crise porque lançou um novo álbum, fruto de vários anos de trabalho, precisamente 15 dias antes do Presidente da República ter decretado o estado de emergência sanitária.

Sem concertos, sem passagem pelos canais de televisão, sem entrevistas de rádio, é difícil promover o “Baile dos Solteiros”, o álbum que Elena Correia esperava cantar em dezenas de espetáculos durante este período até ao verão.

 

Como está a passar este período de confinamento?

Estou a viver este período de confinamento em minha casa, na região de Paris, com a minha família: o meu marido e os nossos dois filhos. Em quatro semanas só saí duas vezes para ir à farmácia.

 

Teve algum espetáculo anulado por causa da pandemia?

Sim, infelizmente já tenho mais de 10 espetáculos cancelados em Portugal, França e Suíça. E para mim, não há pequeno ou grande espetáculo, porque todos são importantes. Tenho pena para cada um deles.

 

Tem ideia de quando vai voltar aos palcos?

Por enquanto, ainda não sei se vou conseguir a minha tournée de verão 2020. Vou aguardar o bom momento para regressar aos palcos nas melhores condições.

 

Como está a promover o seu novo álbum?

Esta crise afetou muito o meu trabalho. O meu novo álbum “Baile dos Solteiros” foi lançado apenas 15 dias antes do confinamento. Sem espetáculos, sem promoção na TV e nas rádios, o novo álbum não pode evoluir normalmente nem fazer sucesso. Já fiz vários vídeos em direto no Facebook para guardar o contacto com os meus fãs, mas nem todos têm acesso às redes sociais.

 

Está preocupada com a situação de pandemia mundial?

Claro que estou muito preocupada com a pandemia. Por vezes até parece que somos atores de um filme dramático. Graças a Deus o vírus ainda não afetou a minha família, mas tenho medo porque alguns amigos já perderam familiares. É horrível. Não sei como esta situação se vai resolver, mas pessoalmente vou ter o máximo de cuidado com a minha família quando chegar a altura de sair de casa.

 

Quando tudo isto passar, o que espera do “novo mundo” que há de vir?

Não tenho ilusão de um “novo mundo”, somente espero que as profissões ligadas à saúde vão ter o reconhecimento que elas merecem. Também espero que os Portugueses espalhados pelo mundo inteiro não tenham medo de voltar a assistir a um espetáculo com multidões de pessoas.

 

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