Covid-19: PSD questiona Governo sobre possibiilidade de vacinar emigrantes em Portugal

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O PSD questionou ontem o Governo sobre a distribuição da vacina contra a Covid-19 nos países lusófonos e se os emigrantes portugueses podem ser vacinados em Portugal.

Numa pergunta dirigida ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e entregue ontem no Parlamento, os Deputados do PSD querem saber se, no âmbito da colaboração estabelecida no consórcio Covax, o executivo “tem informação sobre a disponibilização de vacinas e execução do plano de vacinação à Covid-19 nos países lusófonos”.

A Covax é uma iniciativa conjunta da Organização Mundial de Saúde e da Aliança para o Acesso às Vacinas (GAVI) para fornecer vacinas contra a Covid-19 a países de médio e baixo rendimento.

Segundo o Deputado social-democrata Nuno Carvalho, um dos signatários do documento entregue ontem na Assembleia da República, “o que está em questão é assegurar que todos os não residentes em Portugal, nomeadamente os que vivem nos países onde haja um plano de vacinação mais desfasado relativamente aos europeus, como pode ser o caso dos que vivem em países lusófonos, possam vacinar-se em Portugal”.

Para o Coordenador do PSD na Comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, “além se estar a garantir este direito aos Portugueses que vivem fora do país, há também uma outra motivação para isto, que é o facto de haver uma grande mobilidade entre Portugal e esses países, onde existem fortes Comunidades portuguesas”.

Na pergunta, os sociais-democratas mostram-se preocupados com os alertas sobre problemas de financiamento, riscos relacionados com o fornecimento das vacinas e contratos complexos do mecanismo Covax, “o que pode resultar num fracasso na implementação do programa e poderá deixar as pessoas dos países mais pobres sem acesso a uma vacina contra a Covid-19 até 2024”.

“É importante ter em conta a garantia de acesso a estas vacinas dos residentes nacionais nestes países, em especial as que vivem nos países de língua oficial portuguesa. Para isso, é indispensável um compromisso diplomático forte do Governo português junto dos Estados abrangidos pelo consórcio Covax”, defendem.

Por outro lado, chamam a atenção que no Plano de Vacinação contra a Covid-19, apresentado no passado dia 03 de dezembro, “não é referida, em nenhuma das fases, a vacinação prevista a nacionais portugueses residentes fora do território nacional”.

“Mesmo na terceira fase, que contempla todos os que não previstos nas fases anteriores, é referido explicitamente que a vacinação abrange ‘toda a restante população (residente em Portugal)’, ou seja, confirma-se que nada está previsto para as Comunidades portuguesas nos vários pontos do globo”, concluem.

Os Deputados questionam por isso se o Governo equaciona “avaliar a possibilidade de vacinação de portugueses não residentes em Portugal”.

 

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