LusoJornal | António Borga

Fundação Agostinho Neto condecorou 20 intelectuais, cientistas e artistas franceses

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A Presidente da Fundação Dr. António Agostinho Neto e viúva do “pai da Nação” angolana Maria Eugénia Neto, veio a Paris para homenagear, a título póstumo, 23 intelectuais, cientistas, artistas e membros da Académie française que, em 10 e 22 de novembro de 1955, assinaram duas petições dirigidas ao Presidente da República Portuguesa para a libertação de António Agostinho Neto, durante a sua prisão no Porto, em Portugal.

A Fundação outorgou-lhes “a sua mais nobre distinção honorífica”, a Ordem Sagrada Esperança, conferindo o grau de Comendador ou de Comendadora a Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Louis Aragon, Vercors, Elsa Triolet, Tristan Tzara, Jean Cocteau, Henri Lefebvre, André Kedros, Anconta Pitoeff, Charles Vildrac, Claude Aveline, Claude Morgan, Claude Roy, Françis Jourdain, Georges Duhamel, Martin Chauffier, René Maublanc, René Jouflet e Stanislas Fumet.

A cerimónia teve lugar esta quinta-feira, dia 5 de maio, na sede da Unesco, durante a comemoração do Dia Mundial da Língua Portuguesa. “Na impossibilidade de reunir os seus descendentes” Maria Eugénia Neto fez a entrega simbólica das medalhas e diplomas dos novos Comendadores da Ordem Sagrada Esperança à Secretária Perpétua da Académie française, Helène Carrèra d’Encausse.

Mas a agenda não permitiu a Helène Carrèra d’Encausse de estar presente na Unesco e vai ser a Embaixadora Ana Maria de Oliveira, Delegada Permanente de Angola junto da Unesco que fará a entrega.

Na sala estava o Ministro da Cultura, Turismo e Ambiente da República de Angola, Filipe Zau, o Embaixador Santiago Irazabal Mourão, presidente da 41ª Conferência Geral da Unesco, a Subdirectora geral para a Educação da Unesco Stefania Giannini, em representação da Directora-geral, e muitas outras personalidades dos países lusófonos.

Evocando o Centenário de António Agostinho Neto, a Fundação decidiu “celebrar o intelectual, poeta, médico, nacionalista, líder político, diplomata, guerrilheiro e estadista que marcou a história de Angola, da África Austral e do mundo. É a ocasião também, para celebrar e reconhecer o apoio singular de todos quantos o apoiaram ao longo da sua trajectória pessoal e política” disse Maria Eugénia Neto na sua intervenção.

No dia 4 de maio, Maria Eugénia Neto agraciou Nicolás Guillén na Embaixada da República de Cuba e Diego Rivera e David Sisqueros na sala da Delegação Permanente do México junto da Unesco. “Foram momentos emocionantes e galvanizadores” confessou a viúva do primeiro Presidente de Angola.

“Serve, também, esta bela ocasião de partilha da língua no seio da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, para saudar a todos os presentes e recordar um imaginário comum no qual pontificam a mestria de José Saramago, Nobel da Literatura em 1998, nascido um dia antes de Agostinho Neto, O Poeta Épico de Angola; José Craveirinha, o poeta de Moçambique que ‘nasceu pela segunda vez quando o fizeram descobrir que era mulato…’, e Lima Barreto, do Brasil, que faleceu no ano em que nasciam os outros três e seria considerado ‘a voz que nasceu negra’ na literatura do Brasil do início do século XX” concluiu a Presidente da Fundação Dr. António Agostinho Neto em Paris.

 

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