Jovem piloto Hugo Augusto vai fazer uma volta-aérea de Portugal com 10 escalas

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Hugo Augusto tem apenas 19 anos e tem duas paixões: Portugal e os aviões. Tem uma licença de pilotagem de aviões ligeiros desde o ano passado e está agora a preparar uma aventura inédita, com outro amigo piloto, Maxime Magnier: uma “volta aérea” a Portugal, entre os dias 27 e 30 de julho, passando por 10 aeródromos do país.

“Eu nasci em Orléans, o meu pai é português e a minha mãe é francesa, mas desde pequenino que tenho muito orgulho das minhas raízes portuguesas” explica ao LusoJornal. Descobriu o mundo dos aviões quando, aos 12 anos, viajava com os pais até Faro, a caminho do Alentejo, passar férias na terra do pai.

Foi “amor à primeira vista” e aos 14 anos os pais inscreveram-no no Aeroclube de Orleães. Começou a pilotar com 15 anos e em julho do ano passado obteve a licença de pilotagem. Entretanto já tem cerca de 85 horas de voo.

Desde pequeno Hugo Augusto nunca perdeu o objetivo de um dia ser piloto profissional, e sabia que tinha de ter um percurso escolar exemplar. Em outubro do ano passado ganhou o prémio Cap Magellan-Calouste Gulbenkian do Melhor aluno do ano no ensino secundário. “A partir dos 13 ou 14 anos eu trabalhava muito porque era um sonho que eu queria alcançar. Eu sabia que a matemática e a física eram muito importantes. Sabia que tinha de ter um nível escolar muito bom”.

Em 2021 passou um concurso para entrar na Escola Nacional da Aviação Civil em Toulouse. “É a única escola gratuita em toda a Europa. O concurso é bastante difícil porque há poucas vagas. A formação dura 3 anos e meio até ser piloto profissional de aviões de linha. O meu sonho é, daqui por 2 anos, pilotar aviões da TAP ou da Air France” confessa Hugo Augusto.

 

10 aeródromos em 4 dias

No dia 27 de julho, os dois amigos – Hugo Augusto e Maxime Magnier – vão descolar de Portimão para 4 dias de voo pelos ares de Portugal, num avião Cessna 152, alugado à Sevenair.

“Um bom piloto é uma pessoa que tem rigor e que também conhece os seus limites. Eu conheço os meus limites, sei que tenho ainda pouca experiência e que vou pilotar num país que conheço, mas só na terra, não conheço a país lá de cima” confessa na entrevista ao LusoJornal.

Maxime Magnier também obteve a licença de pilotagem no ano passado, em Orléans. “Temos a mesma idade e também somos bons amigos”.

No dia 27 de julho descolam de Portimão, passam por Évora e vão dormir a Ponte de Sôr. No dia seguinte, passam por Castelo Branco, Viseu e seguem até Bragança. No dia 29 passam por Vila Real até Vilar de Luz, na zona da Maia, nos arredores do Porto. Finalmente, no último dia, descolam de Leira e passam por Santa Cruz, Cascais, até voltarem novamente a Portimão para entregarem o avião.

Vão tentar voar de manhã e ao fim da tarde para evitarem os momentos mais quentes. E sobretudo vão tentar falar com os membros dos aeroclubes por onde vão passar. “Vamos tentar descobrir as cidades, já começámos a entrar em contato com vários aeroclubes locais, para conversar com eles e para organizar alguma coisa com eles”.

Um dos objetivos dos dois jovens pilotos é o de promoverem a aviação de lazer. “Em França está muito mais desenvolvida do que em Portugal” diz Hugo Augusto.

 

Já só lhes faltam 300 euros

Tanto Hugo Augusto como Maxime Magnier são estudantes. Por isso, decidiram solicitar patrocinadores para os ajudar a organizar esta aventura e cobrir os cerca de 3.000 euros que custa a viagem. “Só a escola onde alugamos o avião, leva-nos 1.200 euros pelo aluguer do avião, o combustível e os elementos de segurança” explica o lusodescendente. “Temos uma empresa portuguesa na zona de Orléans, um restaurante também em Orléans. Temos uma empresa de contabilidade, cujo diretor é português e temos também vários parceiros para divulgar, como agora o LusoJornal e a rádio Arc-en-Ciel. Para conseguir financiar o nosso projeto, faltam-nos ainda um ou dois parceiros, correspondendo a cerca de 300 euros”.

O sonho de Hugo Augusto é repetir esta “volta aérea” todos os anos, com cada vez mais pilotos e mais aviões, portugueses, franceses ou de outros países. “Esse é um sonho, mas vamos devagar e para já queremos que este ano tudo se passe bem”.

Agora, os dois jovens pilotos já estão em contagem decrescente para esta aventura que viver nos céus portugueses durante este verão.

 

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