Julgamento de ex-padre de Gentilly acusado de abuso sexual de menores na Madeira adiado para 12 de outubro

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O julgamento do ex-Padre Anastácio Alves, previsto começar no fim da semana passada no Tribunal da Comarca da Madeira, foi adiado para 12 de outubro devido à greve dos funcionários judiciais, indicou a Presidente do coletivo de juízes, Carla Meneses.

O antigo padre, que esteve alguns anos colocado na Paróquia portuguesa de Gentilly, junto a Paris, foi acusado, em março de 2022, de quatro crimes de abuso sexual de crianças e um crime de atos sexuais com adolescente, tendo sido realizadas diligências para o localizar, em França e Portugal, que “resultaram infrutíferas”.

Entretanto, em fevereiro deste ano, o jornal Observador divulgou que o ex-sacerdote tentou entregar-se na Procuradoria-Geral da República, em Lisboa, mas acabou por não ser recebido pela Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, nem notificado formalmente da acusação do Ministério Público.

Anastácio Alves foi informado de que se deveria apresentar no Tribunal da Comarca da Madeira, a instância onde corre os termos do processo em que é acusado.

A juíza Carla Meneses reagendou agora o início do julgamento para 12 de outubro de manhã e marcou uma segunda sessão para 16 de novembro, também na parte da manhã.

Depois de adiado o julgamento, o advogado do ex-sacerdote, Miguel dos Santos Pereira, disse aos jornalistas que o arguido não marcou presença no tribunal “para não causar alguma celeuma à entrada”, mas adiantou que se encontrava perto.

“O arguido veio e virá assim que a audiência se for realizar, que esperemos que seja agora no dia 12 de outubro às 09h15, e vai colaborar com a justiça”, assegurou.

O advogado acrescentou que “há uma parte que consta da acusação que, no entendimento do arguido e da defesa, não corresponde à verdade”, pelo que o depoimento de Anastácio Alves começará por aí.

“Ele virá cá assumir exatamente aquilo que entende que são os factos que ele possa ter praticado que estão menos corretos e é por aí que vamos começar”, afirmou Miguel dos Santos Pereira.

Em setembro de 2018, quando Anastácio Alves exercia funções em Gentilly, a Diocese do Funchal comunicou o seu afastamento da ação pastoral por suspeita de abuso sexual de um menor na região autónoma.

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