LusoJornal / António Borga

Liga dos Campeões: Villas-Boas leva Marseille a defrontar o ‘seu’ FC Porto

O Treinador André Villas-Boas, dos franceses do Marseille, admitiu ontem uma duplicidade de sentimentos por encontrar o ‘seu’ FC Porto na Liga dos Campeões de futebol, num Grupo C que inclui ainda Manchester City e Olympiacos.

“Uma mistura de felicidade e tristeza. Estou de volta à minha cidade e ao meu clube favorito e será difícil para mim pessoalmente”, assumiu o Técnico, que orientou os ‘dragões’ em 2010/11.

O Treinador de 42 anos, que foi Campeão, conquistou a Taça de Portugal e a Supertaça e ganhou ainda a Liga Europa pelo clube do coração, admitiu que foi “com muita emoção” que assistiu ao sorteio, que lhe colocou no caminho os rivais portugueses, ingleses e gregos. “Estamos no meio de equipas de elite acostumadas a ganhar troféus e é um prazer jogar a fase de grupos contra eles e os seus grandes treinadores, Sérgio Conceição, Pedro Martins e Pep Guardiola. Agora, concentremo-nos no Campeonato francês! Vamos, Olympique Marseille!”, complementou.

André Villas-Boas elogiou “todo o esforço” feito pela sua equipa na época passada para agora jogar a ‘Champions’, que classificou como “competição maravilhosa”.

Depois de se destacar no FC Porto, no qual foi Treinador principal apenas uma época, Villas-Boas prosseguiu a carreira nos ingleses do Chelsea e do Tottenham, nos russos do Zenit S. Petersburgo, nos chineses do Shangai SIPG e, desde 2019, orienta o Olympique de Marseille.

Os ex-benfiquistas João Cancelo, Rúben Dias e Bernardo Silva atuam nos ‘citizens’, liderados pelo catalão Pep Guardiola, enquanto Pedro Martins lidera os gregos, que contam no plantel com o ex-portista José Sá, Rúben Semedo, Pêpê e Cafú, e o seu ex-treinador André Villas-Boas lidera os franceses.

Em termos teóricos, o City, que era um dos ‘tubarões’ do Pote 2, é o grande favorito a vencer o agrupamento, com o FC Porto, na 24ª participação na fase de grupos, a apresentar-se como o principal candidato ao outro lugar de apuramento.

Do Pote 3, os ‘dragões’ poderiam ter apanhado adversários muito complicados, como Leipzig, Atalanta, Inter ou Lazio, mas foram felizes, apesar de o seu histórico incluir três derrotas em outras tantas deslocações ao reduto do Olympiacos.

Já do Pote 4, o FC Porto apanhou um dos mais fortes, se bem que o vice-Campeão francês Marseille – que encontrou na fase de grupos de 2003/04, conseguindo dois triunfos na rota para o título – não seja, presentemente, uma potência europeia.

O Manchester City é, claramente, o adversário mais complicado, apesar de o conjunto de Guardiola estar longe daquela equipa temível de alguns anos, bastando recordar o último jogo, o 2-5 caseiro com o Leicester. Após isso, os ingleses já reforçaram o setor defensivo, com a ‘milionária’ contratação ao Benfica do central Rúben Dias, sendo que ainda poderão fazer mais aquisições até ao fecho do mercado de Inglaterra, na segunda-feira.

Confesso portista, Villas-Boas já conseguiu este ano vencer o Paris Saint-Germain, embora claramente diminuído, mas, depois disso, não mais venceu (uma derrota e dois empates), seguindo em nono na ‘Ligue 1’.

O internacional gaulês Dimitri Payet, o ‘tal’ que lesionou Cristiano Ronaldo na final do Europeu de 2016, é a grande ‘estrela’ da equipa Campeã europeia de 1992/93, juntamente com o avançado argentino Dario Benedetto.

O FC Porto nunca perdeu com o Marseille nos quatro duelos entre ambos na fase de grupos da ‘Champions’, somando três triunfos (3-2 fora e 1-0 em casa, em 2003/04, e 2-1 em casa, em 2007/08) e um empate (1-1 em 2007/08).

Face à pandemia de Covid-19, que atrasou o início da prova, a fase de grupos da ‘Champions’ apenas arranca em 20 de outubro, sendo que tudo se decidirá no espaço de oito semanas: três consecutivas, duas de interregno e mais três de ‘rajada’.

As datas são 20 e 21 de outubro (primeira jornada), 27 e 28 de outubro (segunda), 03 e 04 de novembro (terceira), 24 e 25 de novembro (quarta), 01 e 02 de dezembro (quinta) e 08 e 09 de dezembro (sexta e última).

Em relação ao formato, nenhuma alteração. A fase de grupos é composta por oito grupos de quatro equipas, com as duas primeiras a seguirem para os oitavos de final – os primeiros, com a segunda mão em casa, defrontam os segundos – e a terceira a ser relegada para a Liga Europa. A quarta classificada fica fora.

 

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