Livro sobre Bloncourt vai ser apresentado em Paris por João Heitor

Na quinta-feira desta semana, dia 2 de maio, o historiador Daniel Bastos vai apresentar o seu mais recente livro intitulado “Gérald Bloncourt – Dias de Liberdade em Portugal”. A apresentação vai ter lugar às 18h30, no Consulado Geral de Portugal em Paris, 6 rue Georges Berger, 75017 Paris.

A obra, uma edição trilingue (português, francês e inglês), concebida a partir do espólio singular de Gérald Bloncourt, um dos grandes nomes da fotografia humanista recentemente falecido em Paris, e que foi um espetador privilegiado da explosão de liberdade que tomou conta do país após a Revolução de 25 de Abril de 1974, conta com prefácio do Coronel Vasco Lourenço, Presidente da Direção da Associação 25 de Abril.

A sessão de apresentação do livro, que aborda o nascimento da democracia portuguesa através de imagens até aqui praticamente inéditas sobre o reencontro de presos políticos e exilados com as suas famílias, o caráter pacífico e libertador da Revolução de Abril, e as celebrações efusivas do 1º de Maio de 1974, a maior manifestação popular da história portuguesa, estará a cargo do livreiro e editor João Heitor.

O livro foi apresentado no passado dia 16 de abril em Lisboa, na sede da Associação 25 de Abril, na presença do Coronel Vasco Lourenço e do tradutor Paulo Teixeira.

A sessão muito concorrida foi abrilhantada com canções de abril interpretadas pelo artista musical Manuel Jorge, e contou com a presença de Militares de Abril, políticos, antigos exilados políticos, dirigentes associativos, órgãos de comunicação social da diáspora e conterrâneos do investigador da nova geração de historiadores portugueses, como o conhecido comentador noticioso, Luís Marques Mendes.

A sessão de apresentação esteve a cargo do Militar de Abril e Presidente da Direção da Associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, que assegurou que a obra ilustrada pela lente humanista de Bloncourt, constitui uma viagem ao “tempo dos sonhos cheios de esperança, da afirmação da cidadania, da construção de uma sociedade mais livre e mais justa, do fim e do regresso de uma guerra sem sentido com a ajuda ao nascimento de novos países independentes, onde a língua portuguesa continuou a ser o principal fator congregador”. Segundo o mesmo, a apresentação do livro foi “uma das melhores formas de iniciar as comemorações do 45º aniversário do 25 de Abril”.

Neste novo livro, realizado com o apoio da Associação 25 de Abril, Daniel Bastos revela uma parte pouco conhecida do espólio de Gérald Bloncourt, afamado fotógrafo que imortalizou a emigração portuguesa, mas que foi também um espectador privilegiado da explosão de liberdade que tomou conta do país após a Revolução de 25 de Abril de 1974.

Através de imagens até aqui praticamente inéditas, o historiador cujo percurso tem sido alicerçado no seio da Lusofonia, aborda factos históricos que medeiam a Revolução dos Cravos e a celebração do Dia do Trabalhador na capital portuguesa. Como a chegada do histórico líder comunista Álvaro Cunhal ao Aeroporto de Lisboa, a emoção do reencontro de presos políticos e exilados com as suas famílias, o caráter pacífico e libertador da Revolução de Abril, e as celebrações efusivas do 1º de Maio de 1974, a maior manifestação popular da história portuguesa.

Nesse sentido, e tendo em conta que a apresentação do livro realiza-se simbolicamente 45 anos depois do regresso, a 2 de maio de 1974, de Bloncourt da capital portuguesa a Paris, após fotografar os primeiros dias de liberdade em Portugal. E que, em função disso, a sessão, constitui a título póstumo, uma homenagem a Gérald Bloncourt, um homem que amou e honrou os Portugueses.

Daniel Bastos nasceu a 18 de janeiro de 1980, em Fafe, Portugal. Licenciado em História pela Universidade de Évora em 2003, concluiu, no mesmo ano, o Curso de Cultura Teológica promovido pelo Instituto Superior de Teologia de Évora, e, em 2013, pós-graduou-se em Ética e Filosofia Política, pela Universidade Católica, em Braga. Com uma formação eclética e vários prémios e participações em conferências nacionais e internacionais, assim como livros publicados no domínio da História e Emigração, cujas sessões de apresentação o têm colocado em contacto estreito com as Comunidades portuguesas, o percurso pessoal e literário do escritor, historiador e professor tem sido alicerçado no seio da Lusofonia.

Refira-se que a edição da obra deveu-se em grande parte ao mecenato de empresas que partilham uma visão de responsabilidade social e um papel de apoio à cultura.

 

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