Marcão, central brasileiro defrontou o PSG na Champions

O Paris Saint Germain apurou-se para os oitavos de final da Liga dos Campeões europeus de futebol ao vencer o Grupo A com 16 pontos. Os Parisienses no derradeiro jogo da fase de grupos derrotaram por 5-0 os Turcos do Galatasaray na sexta e última jornada.

No Galatasaray atua um futebolista brasileiro bem conhecido no futebol português, Marcão. O central de 23 anos chegou a Portugal na temporada 2017/2018 para representar o Rio Ave, antes de se mudar na época 2018/2019 para o Chaves.

Durante o mercado de inverno, em janeiro de 2019, Marcão acabou por sair de Portugal e rumou ao futebol turco para representar o Galatasaray, que pagou cerca de quatro milhões de euros.

O LusoJornal falou com o defesa brasileiro que abordou a sua passagem por Portugal, mas primeiro falou da superioridade do PSG.

 

Podemos dizer que a derrota foi pesada frente ao Paris?

Sabíamos que o jogo ia ser muito difícil pela qualidade que o PSG tem. Mas dá para tirar muito proveito desse jogo. Na minha opinião temos de trabalhar mais, temos de estar mais concentrados, porque para jogar neste nível, contra Real Madrid e Paris Saint-Germain, temos de estar num estado de concentração muito grande. Isso foi um pouco o problema frente ao PSG no Parc des Princes. Mas isso serve de aprendizagem para as próximas Ligas dos Campeões que vão vir pela frente.

 

Marcão teve pela frente Neymar e Mbappé…

Olhando para o lado bom, fico muito feliz por estar a jogar contra jogadores que eu via pela televisão. Estar a jogar contra eles, isso é muito bom. No entanto ficámos muito tristes com o resultado final. Queríamos vencer e ter ainda uma oportunidade de seguir para a Liga Europa, mas não foi possível. Para a minha primeira Champions, aprendi muito em todos os jogos, quer seja contra o Real Madrid, o Paris Saint Germain ou o Brugge. Aprendi muito e sai mais maduro desta competição. Subi um degrau, sinto que estou agora num nível mais acima para poder continuar a progredir na minha carreira.

 

Agora quais são os objetivos do Galatasaray?

Foco total na Liga Turca e na Taça da Turquia. Queremos arrecadar o título turco.

 

O futebol turco é diferente do português?

É um pouco diferente do futebol português. No futebol português há muita tática, muito posicionamento. Na Liga Turca, é um futebol mais de força, de contacto, um pouco parecido com o Campeonato inglês. A minha adaptação foi tranquila. Desde que eu cheguei lá as pessoas no clube me acolheram muito bem, acolheram muito bem a minha família, e isso tornou muito fácil a adaptação. Até hoje tenho tido muito sucesso.

 

O que foi o mais complicado na Turquia?

O mais complicado foi a língua, mas temos tradutor, e temos pessoas que falam espanhol, até jogadores, e isso facilitou a minha adaptação.

 

Em Istambul deve também estar muito frio…

Eu pensava que ia ser muito complicado viver em Istambul, mas estou tranquilo lá. O tempo não é assim tão frio, passei muito mais frio em Chaves (risos), aliás nunca passei tanto frio. Desde o inverno que eu passei lá, posso ir para qualquer lugar (risos), estarei sempre bem.

 

O que podemos dizer da sua passagem por Portugal?

A minha passagem por Portugal foi maravilhosa, quer no Rio Ave, quer no Chaves. Foi onde eu aprendi muito, começando pelo Rio Ave onde eu tive um Treinador muito bom, Miguel Cardoso. Ele ajudou-me muito, estou muito grato, ensinou-me muito sobre tática, posicionamento, muitas coisas. E também a ser líder num grupo. A minha passagem por Portugal foi muito boa e foi aí que consegui dar o salto para a Europa, que me permitiu aparecer.

 

Do Chaves foi para o Galatasaray, foi um grande salto?

Eu não acreditava. Nós, com o Chaves, estávamos em último e aparece um Galatasaray. No princípio, o meu empresário falou comigo e eu achei que era mentira (risos). Passar do Chaves ao Galatasaray, é um salto muito grande para um jogador. Mas apareceu, as conversas foram avançando, acabou por dar tudo certo, e assinei pelo Galatasaray.

 

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LusoJornal