Ministra Florence Parly participou no Seminário português de Defesa Nacional

A Ministra francesa das Forças Armadas, Florence Parly, esteve em Portugal na semana passada e participou num Seminário durante o qual o Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, assinalou os “laços de cooperação estreita” e a “convergência” com a França em matéria de Defesa, em particular na segurança marítima e na estabilização da África Central.

Intervindo na abertura do I Seminário de Defesa Nacional, que decorreu no dia 5 de fevereiro na Gulbenkian, em Lisboa, João Gomes Cravinho considerou “particularmente feliz” a presença da Ministra Florence Parly, tendo em conta os “laços de cooperação muito estreita” que os dois países têm mantido no domínio da Defesa.

O Ministro português sustentou que Portugal e França “têm vindo a aprofundar” a cooperação para a segurança marítima no Golfo da Guiné e para a estabilização da África Central: “continuaremos a fazê-lo refletindo a sobreposição e a convergência dos nossos interesses”, disse Gomes Cravinho.

Portugal participa na missão militar das Nações Unidas de estabilização da República Centro Africana [RCA] desde o início de 2017, na sequência de um pedido da França, que ativou a cláusula de “assistência mútua” do Tratado da União Europeia depois dos atentados terroristas de 2015.

O Ministro da Defesa Nacional considerou “particularmente útil e pertinente” a realização do I Seminário de Defesa Nacional numa altura em que se discute no Parlamento a Lei de Programação Militar, que prevê um “aumento muito considerável do investimento nas Forças Armadas”, num total de 4,7 mil milhões de euros até 2030.

As relações entre as Forças Armadas e a sociedade foi o tema do primeiro painel de debate nas sessões da tarde do Seminário, que foram fechadas ao público. Os desafios da “ciberdefesa”, a cooperação civil-militar na resposta a emergências complexas de cariz não militar e o desenvolvimento da base tecnológica das indústrias também foram discutidos.

Hoje, defendeu Gomes Cravinho, as respostas do Governo “não podem esgotar-se nas divisões estanques das competências interministeriais”, considerando que é preciso garantir a “interoperabilidade e a cooperação interinstitucional”.

Quanto ao último painel da tarde, sobre a base tecnológica da indústria de Defesa, Gomes Cravinho considerou que “mudanças recentes na Defesa europeia”, como a Cooperação Estruturada Permanente e a criação de um Fundo Europeu de Defesa “recomendam uma revisão do setor empresarial de Defesa onde o Estado detém participações”.

 

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