Opinião: É como se já não soubéssemos mais

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É como se já não soubéssemos mais por onde começar uma conversa que não nos leve ao mesmo lugar de onde saímos. É como se já não soubéssemos mais como falar de alguma coisa sem acabar a falar “daquilo”, ou seja, “disto” que nos cerca e obceca. É como se já não soubéssemos mais como falar de coisas que nos libertem deste “isto”, desta situação.

Mas como sair deste confinamento físico, deste confinamento cultural, quer dizer, destes confinamentos políticos e destes confinamentos mentais?

É como se já não soubéssemos mais falar sem fazer listas de eventos culturais cancelados. É como se já não soubéssemos mais falar sem fazer listas de mortos, dos nossos mortos.

Mas será realmente possível separar a cultura que para (fazendo descer as curvas da produção e do consumo culturais) das mortes que crescem, fazendo subir as curvas dos gráficos sanitários? Será possível separar a paragem dos eventos culturais, o fecho das livrarias, dos teatros, dos cinemas (e da economia em geral) do número de criadores e de consumidores potenciais dizimados pela pandemia e suas consequências colaterais?

Em resumo, será possível separar as consequências do terrorismo mortífero da crise sanitária das consequências da crise pandémica do islamismo assassino, quando ambas se abatem em simultâneo sobre os corpos e sobre as consciências de França, da Europa, dos valores da Liberdade e da Democracia?

Boas escolhas culturais e até para a semana.

 

Esta crónica é difundida todas as semanas, à segunda-feira, na rádio Alfa, com difusão antes das 7h00, 9h00, 11h00, 15h00, 17h00 e 19h00.

 

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