Opinião: Emigrantes portugueses de segunda? Nãooooo!


Há poucas semanas, o Governo socialista, atualmente em gestão forçada, decidiu tratar milhões de compatriotas que vivem ou trabalham no estrangeiro de Portugueses de segunda. Tudo pelo facto de, quando em Portugal, ficarem inativos do Serviço Nacional de Saúde. Coisa inimaginável decretado por um Governo dito socialista, num país que se diz civilizado.

Ainda bem que a forte contestação da Comunidade emigrante e em particular do partido Chega na diáspora, obrigaram a retroceder essa vergonhosa ideia imanada das amarguras políticas portuguesas. Pois, seria gravíssima a tão descarada ação em inativar os não residentes, deixando-os de fora do dever universal ao Serviço Nacional de Saúde.

A lei europeia estipula que qualquer cidadão europeu portador de Cartão Europeu de Saúde, tem fácil acesso aos SNS de qualquer país da União Europeia.

Os governantes “geringonceiros” queriam provar, sabe-se lá, a existência de Portugueses de primeira e Portugueses de segunda, na intenção de eventualmente negar-lhes o direito de voto em Portugal. Tudo isto é questionável.

Como é possível o partido da Maioria, na fase de rescaldo por motivos de corrupção, continuar a governar o país? Agora, imaginemos como procederá até ao próximo dia 10 de março.

Esta tal atitude vociferada por gente posicionada nas mais altas instâncias da República Portuguesa, mostra serem falsos eleitos, sem valores morais, sem ética e sem um mínimo de nível cultural e patriótico por negarem as raízes de seus compatriotas emigrantes. Tais elementos incrédulos na esfera política governativa, nunca deveriam permanecer em Portugal.

Porém, é uma propaganda projetada no sentido em desunir o bom povo português residente e não residente. Assim, até parece ser um país de políticos xenófobos?

É certo que, desde há décadas, cinco milhões de Portugueses emigrados aquando de férias na terra natal, sentem constantemente esse facto de rejeição no corpo e na alma. Prova disso, quem narra estas linhas, tem na memória o que já vai para… 60 anos. Julho 1964. Porém, até mesmo na própria família isso acontece. Enfim!

Como foi possível esses políticos decretarem tal afronta perante os compatriotas dalém fronteiras sabendo que a nossa Comunidade envia anualmente remessas para Portugal, em cerca de quatro biliões de euros? Relembremos que no passado e durante muitos anos as remessas dos emigrantes eram o suficiente para equilibrar a balança comercial portuguesa. Quem se lembra?

Neste caso, pergunta-se, que faz o Governo com essa “massa” toda? Será que esbanja esse dinheiro nas reformas vitalícias de políticos e nas custas da corrupção?

Os Governos pós 25 abril 74, em vários sentidos muito vergonhosamente, exploraram o povo português e o compatriota emigrante.

Em relação á nossa diáspora, qual é a verdadeira função dos Secretários de Estado da Emigração, que viajam por esse globo terrestre visitando seus compatriotas, à custa do contribuinte, apenas para os cumprimentar?

Quanto às dificuldades dos emigrantes em Portugal, por exemplo, o acesso ao monstro que é a Administração portuguesa, em relação aos países de acolhimento, onde qualquer cidadão tem fácil acesso à Administração pública?

Afora isto, será justo os emigrantes estarem sujeitos ao pagamento IMI de suas moradias, quando todo esse investimento aplicado em Portugal é de pura fonte de receitas alcançadas no estrangeiro?

Será normal os emigrantes pagarem múltiplas taxas municipais como de luz, água, resíduos sólidos, TV e radio, etc., sendo não residentes? Ou seja, vivendo fora do país, admitimos 8, 9, 10 ou 11 meses ao ano? Deveriam apenas pagar o que consomem.

Será que os governantes irão manipular algo para no próximo dia 10 de março, deitar ao lixo outros tantos 150.000 votos da diáspora portuguesa?

Palavra de honra! Chega de tanta sacanagem!

Roga-se, sobretudo, para que certo dia não apareça um iluminado político que venha a impor pagamentos em dólares aos emigrantes, como na maioria dos países socialistas latinos americanos, por exemplo na Venezuela, onde tudo é dolarizado.

Na questão de portagens, é lastimoso o Governo de Portugal impor custos tanto aos compatriotas emigrantes como aos turistas e amigos da terra Lusitana, sobretudo nas ex-Scuts, visto que todos eles aportam uma inestimável riqueza à economia portuguesa.

Portanto, que apareça alguém divino e nos tire desta desastrosa política portuguesa e nos salve das trevas.

Para todos os Portugueses de bem, Votos de Feliz Ano 2024.
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José Rego
Residente entre Cannes e Viana do Castelo

LusoJornal