Paixão e inspiração de Yves Saint Laurent por Marrocos é tema de exposição em Évora

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“Love – Marrakech opened my eyes to color – Yves Saint Laurent” é uma exposição promovida pela Casa Cadaval – Associação Festival Évora Clássica, sobre a paixão e inspiração do falecido estilista francês Yves Saint Laurent por Marrocos e a sua influência junto dos artistas marroquinos.

A nova exposição do Palácio Duques de Cadaval, em Évora, foi inaugurada este domingo e poderá ser visitada até 30 de outubro deste ano.

A exposição é “um tributo à paixão dele por Marrocos”, no âmbito das comemorações dos “60 anos da casa de costura Yves Saint Laurent”, resumiu à Lusa a Presidente da Comissão executiva da associação, Alexandra de Cadaval.

Este tema, explicou, foi escolhido tendo em conta a “história entre Portugal e Marrocos” e as ligações daquele país com o próprio Palácio Duques de Cadaval, cujo fundador, Rodrigo Afonso de Melo, foi “o primeiro Governador português de Tânger”.

“Mas mais do que outra coisa, não é tanto o lado histórico que queremos abordar, mas o lado da cooperação e do futuro, fazendo esta ligação através de um tributo a Yves Saint Laurent pela sua paixão por Marrocos”, vincou Alexandra de Cadaval.

Assinalando a importância daquele país africano para o estilista francês, a responsável considerou que, após a chegada a Marraquexe, “houve um verdadeiro choque na vida e carreira” de Yves Saint Laurent, com “uma explosão de cor” nos seus trabalhos.

Dividida em três partes, uma delas com curadoria do estilista francês Stephan Janson, a mostra vai apresentar 14 trajes da autoria de Yves Saint Laurent na Igreja de São João Evangelista, também conhecida como Igreja dos Lóios.

Os modelos foram emprestados pela Fundação Pierré Bergé – Yves Saint Laurent, em Paris, e por colecionadores particulares.

No Palácio dos Duques de Cadaval, uma outra parte da exposição, que tem curadoria da crítica de arte marroquina Mouna Mekouar, convida os visitantes a descobrirem arte contemporânea da autoria de 12 artistas marroquinos, influenciados pelo estilista. “Aqui, o fio condutor são os postais anuais de felicitações que Yves Saint Laurent fez e que tinham sempre a temática do amor”, revela a presidente da Casa Cadaval.

Com curadoria de Alexandra de Cadaval, a terceira parte é uma homenagem a Pierre Bergé, o também já falecido sócio de Yves Saint Laurent, que incentivou o estilista marroquino Noureddine Amir, apresentando vestidos da autoria do estilista africano. “Descobri o artista e costureiro Noureddine Amir em 2018, através de uma exposição no Museu Yves Saint Laurent, em Marraquexe (Marrocos), e fiquei muito impressionada”, pois os seus “os vestidos são como esculturas”, em que há “uma mistura entre arte e alta costura”, salientou.

A iniciativa tem também um programa paralelo com atuações musicais com artistas oriundos de Marrocos.

Esta exposição marca a reabertura do Palácio Duques de Cadaval às iniciativas culturais, depois de obras de reabilitação no valor de cerca de um milhão de euros, com apoio de fundos comunitários e do Turismo de Portugal.

 

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