Presidenciais’21: Quem são os sete candidatos ao Palácio de Belém

[pro_ad_display_adzone id=”46664″]

O Tribunal Constitucional (TC) admitiu ontem sete candidaturas às eleições para a Presidência da República, que se disputam em 24 de janeiro.

Apesar de terem sido aceites sete candidatos, nos boletins de voto, da responsabilidade da Comissão Nacional de Eleições, constam oito nomes. O primeiro é o do militar Eduardo Baptista que foi aceite na segunda-feira a sorteio no TC para estabelecer a ordem dos nomes no boletim de voto mas cuja candidatura foi rejeitada ontem por apresentar várias irregularidades.

Com a publicação do acórdão, abrem-se prazos para recursos e reclamações que terão de ter resposta até dia 11 de janeiro, de acordo com o calendário eleitoral.

Segue-se, pela ordem sorteada pelo Tribunal Constitucional para os boletins de votos, um breve retrato dos sete candidatos presidenciais:

 

Marisa Matias

Marisa Isabel dos Santos Matias, 44 anos, é socióloga e eurodeputada eleita pelo Bloco de Esquerda (BE) desde 2009, partido de que é dirigente, integrando a Mesa Nacional e a Comissão Política.

Após encabeçar a lista bloquista à Câmara Municipal de Coimbra, em 2005, foi eleita eurodeputada quatro anos depois (“número 2”), tendo sido reeleita em 2014 e 2019, já como cabeça de lista.

Em 2016, foi candidata às Presidenciais, tendo ficado no terceiro lugar, com 10,12% dos votos, o melhor resultado de sempre de uma mulher neste tipo de sufrágio.

Anunciou a sua candidatura em 09 de setembro de 2020 e conta com o apoio do seu partido, o BE.

 

Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa, 72 anos é professor catedrático de direito jubilado, foi comentador político na rádio e na televisão e é o atual Chefe do Estado.

Entre 1996 e 1999, Rebelo de Sousa foi presidente do PSD, partido que aprovou no final de setembro uma moção de apoio à sua recandidatura. O CDS-PP também decidiu apoiar a recandidatura do Presidente da República.

Deputado à Assembleia Constituinte em 1975, Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros do VIII Governo Constitucional e Ministro dos Assuntos Parlamentares (entre 1981 e 1982), o “afilhado” do antigo Presidente do Conselho Marcello Caetano, presidiu também às Assembleias municipais de Cascais e Celorico de Basto.

Assumiu a chefia do Estado em 09 de março de 2016, depois de ter sido eleito à primeira volta com 52% dos votos expressos, e só em 07 de dezembro assumiu publicamente a recandidatura para novo mandato de cinco anos, após meses de “tabu”.

 

Tiago Mayan

Tiago Mayan Gonçalves, 43 anos, é advogado e um dos fundadores do partido Iniciativa Liberal. Foi Presidente do Conselho de Jurisdição do partido, cargo que deixou no último Congresso, mantendo-se como militante de base.

Foi militante do PSD e esteve envolvido nas campanhas e movimento “Porto, o Nosso Partido”, que elegeram Rui Moreira para presidir àquela autarquia, sendo membro suplente da Assembleia da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde por este movimento.

Anunciou a candidatura em 25 de julho de 2020 e conta com o apoio da Iniciativa Liberal.

 

André Ventura

André Claro Amaral Ventura, 37 anos, é professor universitário, Presidente do partido Chega e Deputado desde 2019, ano em que o partido se candidatou pela primeira vez a eleições legislativas e elegeu um parlamentar.

Foi militante do PSD e candidato por este partido à Câmara Municipal de Loures, em 2017, quando afirmações polémicas sobre a comunidade cigana provocaram a rutura da coligação com o CDS-PP no município.

Já com Rui Rio como Presidente do PSD, chegou a promover uma recolha de assinaturas com vista a um congresso extraordinário para destituir o líder, mas acabou por sair do partido para fundar o Chega, constituído em abril de 2019.

Entretanto, em outubro, o Chega juntou-se à coligação pós-eleitoral composta por PSD, CDS-PP e PPM, bem como a Iniciativa Liberal, para garantir um solução governativa na Região Autónoma dos Açores.

O representante da extrema-direita parlamentar o primeiro a pré-anunciar a sua candidatura a Presidente da República, em 29 de fevereiro.

 

Vitorino Silva

Vitorino Francisco da Rocha e Silva (conhecido como Tino de Rans), 49 anos, é calceteiro e foi Presidente da Junta de Freguesia de Rans (Penafiel) entre 1994 e 2002, eleito pelas listas do PS.

Ficou conhecido a nível nacional por um discurso que fez no XI Congresso do Partido Socialista, em 1999, que pôs os militantes a rir e terminou com um abraço ao então Secretário-geral António Guterres, agora Secretário-geral das Nações Unidas.

Nas eleições autárquicas de 2009, concorreu como independente à Câmara Municipal de Valongo e, em 2017, à de Penafiel.

Há cinco anos foi candidato a Presidente da República, tendo conseguido 3,28% dos votos, e em 2019 fundou o partido RIR (Reagir, Incluir, Reciclar), tendo anunciado a segunda candidatura a Belém em 13 de setembro, no Porto.

 

João Ferreira

João Manuel Peixoto Ferreira, 42 anos, é biólogo, eurodeputado e vereador na Câmara Municipal de Lisboa.

Foi promovido no XXI Congresso Nacional do PCP, em novembro, em Loures, à Comissão política do Comité Central comunista, após ser o cabeça-de-lista pela CDU (PCP, “Os Verdes” e Associação Intervenção Democrática) nas Europeias2019 e Europeias2014 e, por Lisboa, nas Autárquicas2017 e Autárquicas2013.

No Parlamento Europeu, João Ferreira é vice-Presidente do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verdes Nórdica (GUE/NGL).

Foi o PCP que anunciou, em 12 de setembro, a sua candidatura a Belém, tendo, entretanto, recolhido igualmente o apoio do Partido Ecologista “Os Verdes”.

 

Ana Gomes

Ana Maria Rosa Martins Gomes, 66 anos, é jurista e diplomata, tendo-se destacado como chefe da missão portuguesa na Indonésia durante o processo de independência de Timor-Leste.

Atualmente, é militante de base do PS, partido pelo qual foi eurodeputada entre 2004 e 2019 e no qual chegou a integrar o órgão restrito da direção, o Secretariado Nacional, durante a liderança de Ferro Rodrigues (2003-2004).

O PS decidiu que a orientação para as eleições presidenciais será a liberdade de voto, sem indicação de candidato preferencial, com Ana Gomes a recolher apoios de figuras socialistas como o histórico Manuel Alegre, o antigo eurodeputado Francisco Assis, o Ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, ou o Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.

Anunciou a candidatura a Presidente da República em 08 de setembro e conta com o apoio dos partidos PAN e Livre.

 

[pro_ad_display_adzone id=”41077″]