LusoJornal / Mário Cantarinha

Rosa Mota participou na “Corrida para a Misericórdia de Paris”

Rosa Mota foi a madrinha da quinta edição da corrida “Correr para a Misericórdia de Paris”, organizada pela Santa Casa da Misericórdia de Paris, no domingo passado, dia 7 de outubro, no Domaine de la Cour Roland, em Jouy-en-Josas (78).

A Corrida Solidária é um momento de convivialidade num parque natural que permite fazer desporto por uma boa causa. E apesar das ameaças de chuva, a participação foi superior à dos anos anteriores. “Estava previsto virem trombas de água logo de manhã, mas afinal os Portugueses aderiram a esta corrida” disse António Fernandes, o Provedor da Santa Casa da Misericórdia.

Felicitado pelo sucesso do evento, António Fernandes repetia que “eu sou apenas uma peça nesta equipa de muitos voluntários”.

A Misericórdia de Paris, criada em 1994, é uma associação ao serviço dos mais necessitados, particularmente daqueles que são de origem ou de expressão portuguesa. As suas principais atividades são “Permanências sociais telefónicas 24h/24 e presenciais na sua sede; aconselhamento jurídico e administrativo, psicológico; apoio material nomeadamente através da distribuição de produtos alimentícios; ajuda aos detidos; oferta de sepultura e de cerimónias fúnebres condignas aos portugueses que falecem em França ao abandono ou ainda atividades de reflexão sobre as questões da precariedade e solidão”.

É para levar a cabo estas atividades de auxílio aos mais carenciados que a Misericórdia de Paris organiza vários eventos de índole caritativo, como um Jantar Solidário, uma campanha de recolha alimentar e a iniciativa «Correr para a Misericórdia de Paris» que este ano teve como madrinha a ex-atleta campeã olímpica Rosa Mota.

O Maire de Vélizy Villacoublay, Pascal Thévenot, também marcou presença. “Vélizy é uma localidade familiar e desportiva e o que fazemos é pôr à disposição os equipamentos, mas todos os voluntários e os corredores são os mais importantes nesta operação” disse ao LusoJornal. “Quando vejo um parque destes, cheio, com vida, penso que foi feito para isso mesmo. Para uma boa causa. A nossa contribuição é muito modesta, tendo em conta todos os voluntários que vieram”.

O Deputado do PSD eleito pelo círculo eleitoral da Europa também esteve presente. Carlos Gonçalves não correu, mas disse que “este é um dos bons exemplos do lado solidário da Comunidade portuguesa. A Santa Casa da Misericórdia de Paris é uma instituição de referência naquilo que é a ação solidária da nossa Comunidade portuguesa em França, e esta corrida, que já vai na 5ª edição, começou a granjear alguma popularidade e é um dos bons exemplos daquilo que é o trabalho, a luta e a solidariedade que mobiliza não só o movimento associativo, mas também de um conjunto de grandes empresas e grupos que estão instalados em França” disse ao LusoJornal.

Carlos Gonçalves disse ao LusoJornal que se trata de “uma grande iniciativa, que deve ter continuidade, que ainda deve crescer e que teve este ano a participação de uma figura do desporto português que é a Rosa Mota, que hoje também está associada a um conjunto de causas como esta e que portanto deu uma grande visibilidade a esta iniciativa”.

O Presidente da Câmara do comércio e indústria franco-portuguesa, Carlos Vinhas Pereira prometeu correr no próximo ano, e prometeu “federar as empresas para se darem conta que é importante estarmos presentes. O facto de correr é simbólico, mas é sobretudo para nos reunirmos e falarmos do que é importante e o que é importante é apoiarmos quem necessita” disse ao LusoJornal. “E a Santa Casa da Misericórdia de Paris pode ser o nosso braço para poder organizar este tipo de solidariedade para ajudar as pessoas que não têm os meios que nós temos”.

O Provedor António Fernandes explicou que no próximo ano a corrida terá provavelmente lugar antes das férias do verão e anunciou que os dois próximos eventos da Misericórdia são a Gala de novembro e a recolha de alimentos em dezembro, para apoio aos mais necessitados. “Não quero dizer mal dos políticos – quem sou eu para o fazer – mas acontece que há cada vez mais pobres e é isso que nos leva a trabalhar ainda mais na Misericórdia de Paris”.

Várias empresas inscreveram os seus empregados e a Banda Filarmónica de Paris também marcou presença. Mas a chuva acabou mesmo por estragar o fim da festa.