Saúde: A medicina da longevidade saudável

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Pela primeira vez na história, a maioria das pessoas pode esperar viver até os 60 anos e mais.

Vidas mais longas correspondem a uma das nossas conquistas coletivas mais notáveis. Elas refletem avanços no desenvolvimento social e económico bem como na saúde, nomeadamente no sucesso em lidar com a mortalidade infantil, com a mortalidade materna e, mais recentemente, com a mortalidade das pessoas idosas.

O envelhecimento global é, assim, por três dinâmicas demográficas fundamentais: baixos níveis de fecundidade e mortalidade, e elevada esperança média de vida. Se o século XX foi marcado pelo crescimento populacional, o século XXI deverá ficar marcado pelo envelhecimento global da população.

A longevidade é um recurso desejado por todos, o que faz pensar sobre a forma como vivemos e a forma como envelhecemos. Uma pessoa com 60 anos no início da década do Envelhecimento Saudável (2020-2030) poderia esperar viver, em média, por mais 22 anos. No entanto, há uma grande iniquidade quanto à longevidade de acordo com os extratos sociais e económicos.

Em 2020, o número de pessoas com 60 anos ou mais ultrapassou pela primeira vez na história o número de crianças abaixo de 5 anos. Em 2050, pessoas com 60 anos ou mais ultrapassarão o número de adolescentes e jovens com idade entre 15 e 24 anos e em países desenvolvidos, o aumento será de 310 milhões para 427 milhões de pessoas com mais de 60 anos.

Na maior parte dos países, a proporção de pessoas idosas na população aumentará de uma pessoa idosa em cada seis pessoas em 2030 e de uma para cada 5 em 2050.

Mulheres tendem a viver mais do que homens e entre 2020 e 2025, a expectativa de vida ao nascer das mulheres excederá a dos homens em 3 anos.

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O cenário em Portugal

A classificação demográfica de uma população, como jovem ou envelhecida, depende da proporção de pessoas nas faixas etárias extremas. Em Portugal, considera-se pessoa idosa, a pessoa com 65 ou mais anos de idade.

Portugal, assim como outros países da Europa, tem vindo a registar nas últimas décadas profundas transformações demográficas caracterizadas, entre outros aspetos, pelo aumento da longevidade e da população idosa e pela redução da natalidade e da população jovem.

Atualmente Portugal é o segundo país da união europeia com maior índice de envelhecimento, apenas ultrapassado pela Itália, sendo que em 2015 ocupávamos o quarto lugar.

Em 2015, as pessoas com 65 ou mais anos representavam 20,5% de toda a população residente em Portugal, a esperança média de vida era de 77,4 anos para homens e 83,2 anos para as mulheres e em 2021 a esperança média de vida subiu para 78,1 anos para os homens e 83,5 para as mulheres.

O índice de envelhecimento em Portugal passou de 27,5% em 1961 para 183,5% em 2022.

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Entre 2018 e 2080, de acordo com o cenário central de projeção:

– Portugal perderá população, dos atuais 10,3 para 8,2 milhões de pessoas.

– O número de jovens diminuirá de 1,4 para cerca de 1,0 milhões.

– O número de idosos (65 e mais anos) passará de 2,2 para 3,0 milhões.

– O índice de envelhecimento em Portugal quase duplicará, passando de 159 para 300 idosos por cada 100 jovens.

– A região mais envelhecida em 2080 será a Região Autónoma da Madeira, com este índice a atingir os 429 idosos por cada 100 jovens, e a região menos envelhecida será o Algarve, com um índice de 204.

– A população em idade ativa (15 a 64 anos) diminuirá de 6,6 para 4,2 milhões de pessoas.

– O índice de sustentabilidade potencial poderá diminuir de forma acentuada, face ao decréscimo da população em idade ativa, a par do aumento da população idosa. Este índice passará de 259 para 138 pessoas em idade ativa, por cada 100 idosos.

– Relativamente à morbilidade, as mulheres em Portugal vivem mais tempo, mas em pior estado de saúde.

Dra. Andreia Monteiro

Especialista em Imunohemoterapia, Medicina Preventiva e Medicina Estética

Clínica Pilares da Saúde

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