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O “pingo do nariz”, corrimento nasal ou ranho, são expressões sinónimas e vulgarmente usadas para nos referirmos à rinorreia – termo médico para designar excesso de secreções nasais ou muco nasal.
O muco nasal é um fluido corporal produzido pelas células existentes nas mucosas do nariz e das fossas nasais que tem como função primordial proteger as vias respiratórias de eventuais agentes agressores.
Assim, a produção em excesso da secreção de muco nasal surge como reação a diversos estímulos. Devemos estar atentos à sua duração, à consistência e coloração do muco.
Poderá existir uma reatividade exagerada a estímulos ambientais como variações súbitas de temperatura e humidade, exposição ao fumo do tabaco, inalação de odores intensos ou agentes irritativos como lixívias ou agentes de limpeza.
A rinorreia é um dos sinais de rinite (inflamação da mucosa nasal), a qual pode ser aguda ou crónica e ter múltiplas causas. Na forma aguda, a causa mais frequente é de origem infeciosa, provocada mais frequentemente por vírus. A causa mais comum de rinite crónica é alérgica, afetando cerca de 25% da população portuguesa. Existem ainda outras causas, nomeadamente a rinite idiopática ou vasomotora, rinite induzida por medicamentos, rinite gustativa, rinite hormonal, entre outras.
Independentemente da causa, existem alguns cuidados gerais que podemos ter para diminuir esta sensação desagradável e incómoda:
– Hidratação – é importante ingerir líquidos como água, chás ou caldos quentes (como a canja de galinha) para ajudar a fluidificar o muco e desta forma facilitar a sua drenagem.
– Lavagem nasal – é essencial fazer uma correta higienização das fossas nasais. A lavagem nasal ajuda a remover as substâncias que possam estar a causar a produção excessiva de muco, como agentes patogénicos ou alergénios. A lavagem deve ser efetuada através da utilização de irrigadores nasais com solução salina ou sprays com “água do mar”.
– Assoar o nariz – Deve ter lenços de papel suaves, descartáveis e assoar-se sempre que necessário. Deve também assoar-se após a lavagem nasal. Não se esqueça de lavar as mãos depois de se ter assoado.
– Elevação da cabeceira – deverá elevar a cabeceira da cama, cerca de 30º, de forma a facilitar a drenagem das secreções e ajudar na respiração.
O vapor de água do banho ajuda também a fluidificar as secreções e consequentemente a sua drenagem.
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O tratamento farmacológico das várias formas de rinite varia com o quadro clínico em concreto. Os doentes não se devem auto-medicar, devendo procurar aconselhamento médico.
Existem vários medicamentos que ajudam a tratar a rinorreia, nomeadamente:
– Anti-inflamatórios – em forma de spray (corticóides nasais);
– Anti-histamínicos – em forma de spray nasal ou comprimidos orais;
– Descongestionantes nasais;
– Antibióticos;
– Anticolinérgicos.
No caso de doentes com alergia, o médico poderá orientar o doente nas medidas preventivas e indicar um tratamento específico designado Imunoterapia específica, vulgarmente conhecido como “vacina anti-alérgica”.
Reitera-se uma vez mais que a utilização correta dos medicamentos (dosagem e duração) depende de uma adequada abordagem diagnóstica, prevenindo também as possíveis complicações, pelo que é essencial consultar o seu médico.
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Dra. Ana Castro Neves
Imunoalergologista
Clínica Lusíadas Oriente, Sacavém
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