Saúde: Sexo Online

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Há cada vez mais plataformas a serem usadas para sexo on-line.

Podemos encontrar uma grande variedade de plataformas para sexo on-line, dependendo muito da preferência dos seus consumidores (Cam Rabbit, Camera Prive, Go XXX cams, Live Strip, SecretFriends, Cam4, Gay Free Cams, Shemalecams.sex, entre outros). Além disso, outras plataformas mais comuns também podem ser usadas para sexo on-line, uma vez que permite a troca de mensagens e vídeos (como é o caso do WhatsApp, Facebook, Skype).

Por um lado, temos algumas pessoas que se refugiam no sexo virtual por terem dificuldade de se relacionar com outras pessoas, por ser mais cómodo, anónimo, por apresentar uma ausência de risco de contrair uma IST (Infeção Sexualmente Transmissível) ou por permitir uma maior variedade de estímulos visuais.

Por outro lado, muitas pessoas que recorrem ao sexo virtual fazem-no com o seu parceiro. Cada vez mais, encontramos casais que vivem separados e interagem sexualmente desta forma. Para alguns isso até pode fazer parte de uma fantasia sexual que é posta em prática.

Portanto, é possível encontrarmos múltiplas motivações para procurar este tipo de interação sexual, independentemente dos seus protagonistas terem ou não uma relação amorosa.

Não havendo casal, sendo uma pessoa sozinha, o sexo on-line pode trazer algum tipo de problema… por exemplo falta de autoestima, dificuldade depois na vida real em encontrar um parceiro ou parceira ‘de verdade’, isolamento, etc…

Essa poderá ser uma realidade que se vai alimentando mutuamente. Algumas pessoas com baixa autoestima, timidez e dificuldade em estabelecer relações íntimas, podem, de facto, encontrar neste tipo de comportamento a melhor forma de gratificação sexual, levando a que não procurem momentos de intimidade ou contacto físico sexual com outras pessoas.

No entanto, é importante referir que nem todas as pessoas “sozinhas” acabam por entrar neste ciclo. Na verdade, este comportamento acontece apenas em determinados períodos, para a generalidade das pessoas.

Poderemos considerar que existe um problema se este tipo de gratificação sexual permanece de forma persistente e recorrente, afetando o dia-a-dia e a capacidade de envolvimento emocional e íntimo com outras pessoas, e causar angústia ao próprio face à incapacidade de mudar ou terminar esse comportamento.

Há atualmente muitos casais ou pessoas singulares completamente vulgares (pessoas que não são atores porno) mas que usam a internet para divulgar os seus vídeos caseiros… mantêm até canais com conteúdos regulares.

Para muitos casais, esse tipo de comportamento faz parte da sua própria dinâmica sexual. Por vezes, é uma fantasia sexual posta em prática e que, em alguns casos, até permite tirar algum rendimento financeiro.

O Exibicionismo e o Voyeurismo alimentam-se mutuamente e estão entre os fetiches mais comuns. Talvez esteja aqui grande parte do sucesso deste tipo de conteúdos. Além disso, muitas pessoas que visualizam pornografia consideram mais excitante ver conteúdos com pessoas “normais” do que com atores, pois permite-lhes uma maior identificação com esse estímulo.

Há quem considere que a internet veio provocar uma revolução na sexualidade. Ou seja, a internet veio permitir novas formas de sexualidade ampliando as possibilidades de gratificação sexual. Na minha opinião, a questão não deverá ser se é uma boa revolução ou má, mas sim se estamos a aproveitar as oportunidades que a internet proporciona da melhor forma. A resposta a essa questão está dentro de cada um de nós, sendo que o que pode ser bom para mim pode não ser para outra pessoa. O mais importante é que cada um procure perceber se está satisfeito com a sua sexualidade e tentar perceber porquê.

Dr. Fernando Mesquita

Psicólogo, sexólogo e terapeuta de casal

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