LusoJornal / Carlos Pereira

Secretário de Estado para a Internacionalização visitou a Real Marbre em Paris

O Secretário de Estado português para a Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, esteve em Paris esta sexta-feira para visitar a empresa Real Marbre, criada por Manuel Soares, especialista em revestimentos de mármore.

Eurico Brilhante Dias estava acompanhado pelo Embaixador de Portugal em França, Jorge Torres Pereira, pela Administradora da AICEP Madalena Oliveira e Silva, pelo Diretor da AICEP em Paris, Rui Almas e pelo Presidente da Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa, Carlos Vinhas Pereira.

O grupo Manuel Soares tem sede em Paris, na rue de Saint Florentin, perto da Concorde, e trabalha para as mais reputadas marcas, em vários países do mundo. Mas vai abrir em 2019 uma nova fábrica em Viana do Castelo, num investimento de cerca de quatro milhões de euros, e criar 30 novos postos de trabalho.

“A nossa unidade de produção está em Viana do Castelo. É ali que chegam os mármores de todo o mundo e é ali que são trabalhados, para depois voltarem para as obras que temos também em todo o mundo” explicou Manuel Soares ao Secretário de Estado português. O grupo já emprega cerca de 30 empregados em Viana do Castelo e vai agora iniciar a construção de uma unidade moderna, num terreno com mais de 10 mil metros quadrados, na freguesia de Chafé.

A nova fábrica, com ‘showroom’, “dotará a empresa de meios para o aumento da carteira de clientes e a diversificação dos mercados de exportação”. No total, Manuel Soares tem quatro empresas em Viana do Castelo, a Real Marbre, a Ventestival, Stone Dark e Mineral System.

Fundada em Paris, em 1995, a Real Marbre é parceira das maiores empresas de ‘design’ de interiores é responsável pela decoração de lojas de conceituadas marcas de moda internacionais, hotéis de cinco estrelas e habitações de luxo, em parceria com arquitetos e ‘designers’ de interiores. “Trabalhamos para as lojas de marcas como Louis Vuitton, Prada, Dior, entre outras”, frisou o empresário de Aveiro. E tem obras em França, no Dubai, no Japão, nos Estados Unidos,… “Tudo é projetado aqui, no nosso escritório, em Paris” explica ao LusoJornal.

Em 2015 o grupo inovou ao apresentar um novo conceito. As pedras de mármore são bem mais finas e coladas numa estrutura em forma de “favo de abelha”. “Desta forma, conseguimos fazer placas de mármore muito maiores, de 1 metro por 3 metros, e bem mais leves” explicou Manuel Soares ao Secretário de Estado. “É uma autêntica revolução”.

“É um processo que só se utilizada na aeronáutica e nos navios e que hoje estamos a usar no setor na decoração. Na Europa há duas empresas a trabalhar a pedra desta forma. O nosso grupo tem as primeiras máquinas fabricadas em Portugal. Conseguimos cortar pedras com 70 quilos como se fosse uma fatia de pão em lâminas com cerca de cinco milímetros de espessura, com cerca de 15 quilos e multiplicar a quantidade de pedra. É um processo de laminação e colagem que fica caro e, por isso, é mais destinado a projetos de luxo”, especificou.

O Embaixador Jorge Torres Pereira e o Secretário de Estado puderam constatar o peso de uma placa de mármore cortada com este processo. “Efetivamente não é nada pesado” constataram.

Manuel Soares ia respondendo às perguntas do membro do Governo e a comitiva visitou depois a loja da Yves Saint Laurent, no Faubourg St Honoré, e o Hôtel Lutetia, dois exemplos do trabalho da Real Marbre em Paris. Desta vez, não foi possível visitar o Hotel Crillon, que também foi decorado pela Real Marbre.

 

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