Talkfest’18: Festival Dancefloor ganha notoriedade em Portugal

O festival Dancefloor, gerido pela 2MEvent, empresa do lusodescendente Tiago Martins, marcou presença no Talkfest’18, na gala de entrega de prémios nos Iberian Festival Awards.

O Dancefloor esteve a concorrer em diversas categorias, tendo chegado à short list em “Best Hosting and Reception” e “Best Infrastructure”. Esta competição tem vindo a decorrer desde 15 de novembro 2017.

No âmbito do Talkfest’18 organizado pela Aportfest (Associação Portuguesa dos Festivais de Música), ontem, dia 16 de março, o jovem lusodescendente foi orador de uma conversa orientada por Pedro Esteves (Jornalista do Público), onde participaram também o Gen. Fernando Governo Maia (Vice-presidente da Cruz Vermelha), Pedro Machado (Presidente Turismo do Centro), Vasco Sacramento (Diretor da Sons em Trânsito) e Bernardo Corrêa Barros (Board Member Cascais Dinâmica).

O tema do debate foi: «Novas necessidades da gestão e tratamento do público».

Hoje com o crescimento do número de festivais e eventos culturais, o festivaleiro tornou-se mais exigente, não só porque a sua experiência tornou-se mais efetiva, mas porque também com a proliferação de informação sabe o que se passa noutros eventos e pode sempre realizar comparações. Torna-se por isso importante saber cuidar do mesmo e proporcionar-lhe a melhor experiência, sem problemas e quando estes existem, a sua resolução imediata.

 

As necessidades do público

Sobre as novas necessidades do público, o que ele realmente precisa e o que ele quer, Tiago Martins diz que «acreditamos que não são propriamente as necessidades que são novas, o que se alterou e modificou foram as dinâmicas de comunicação, onde a esfera online e a rapidez com que nela se comunica, torna mais fácil bebermos do feedback do público, conhecê-las e lhes fazermos face. Enquanto promotor de um festival que já emergiu diante destes novos desafios, acreditamos que uma comunicação bilateral com a nossa comunidade de visitantes e followers nos permite, nos dias de hoje, recolher opiniões diretas por via de um melhoramento das condições a cada nova edição do festival. E isto é tão verdade que podemos avançar, ainda, que no caso do Dancefloor estas dinâmicas de comunicação sejam tão criticas que estamos pioneiramente confortáveis para comunicar com a nossa comunidade de followers online, questionando-lhes sobre o cartaz e os artistas que gostariam de ver presentes, garantindo assim, que por votação e maioria, haja uma agradabilidade para os nossos visitantes, aumentando exponencialmente a revisitação. Temos plena crença de que um público que escolhe o seu cartaz e faz parte do seu processo de seleção, sentir-se-á mais envolvido e comprometido com o conceito Dancefloor».

 

Eventos de massa

Numa segunda parte da conversa, foi perguntado a Tiago Martins de que forma hoje é organizado um evento de massas, tendo por análise a produção de cenários preventivos que muitas vezes (felizmente) não são necessários neste campo (com referência, por exemplo ao terrorismo)? Tiago Martins respondeu: «Dinâmicas e testes de prevenção são mandatários para qualquer organizador de eventos de massas. Claro que, diante das atuais ameaças que o mundo ocidental enfrenta, nomeadamente ao nível do terrorismo, é necessário que os planeamentos de segurança sejam revistos e reforçados, que a revista à porta seja cada vez mais exigente e suficientemente bem organizada para que não tenha repercussões sobre o fluxo de entrada, que haja polícia fardada e à civil, que haja vigilância contínua, proteção civil, bombeiros, zona de cuidados de saúde e apoio médico para suporte in loco».

 

Elementos de diferenciação

Ao fechar a conversa, foram lançadas várias questões por parte dos participantes, e uma delas foi sobre quais eram os fatores de diferenciação de um promotor perante a sua concorrência e assim agarrar o seu público? Tiago Martins, proporcionou as respostas seguintes: «No que ao Dancefloor diz respeito e considerando o número de festivais já realizados no tecido nacional, o que procuramos é efetivamente uma franja diferente e em pleno crescimento, cuja oferta em Portugal é tremendamente reduzida. Apostamos no EDM e no Hardstyle, enquanto estilos de música, procurando um público que se enquadra entre os 18 e os 35 anos de idade. Queremos, à semelhança do que já acontece nos países casa-mãe deste tipo de eventos (Bélgica e Holanda), fazer do Dancefloor a maior pista de dança do país e maior festival do género em Portugal a médio prazo. A longo prazo, gostaríamos de colocá-lo no circuito dos festivais internacionais, sabendo que ainda estamos a trilhar os primeiros passos nesse sentido, claro, mas é-nos permitido sonhar».

Toda esta experiência foi relevante para a empresa 2MEvent e para o festival que representa. É mais um passo para o Dancefloor que se está a afirmar como um festival de referência em Portugal.

Relembramos que o evento este ano irá realizar-se nos dias 27 e 28 de julho de 2018 pelo quarto ano consecutivo.

 

 

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LusoJornal