LusoJornal / Luísa Semedo

Tito Paris subiu ao palco da Cigale em Paris

Na sexta-feira, dia 27 de abril, a sala La Cigale foi o palco do concerto de Tito Paris.

O músico luso-caboverdiano veio a Paris apresentar o seu mais recente álbum «Mim Ê Bô», que traduzido do crioulo para português significa «Eu sou tu».

A primeira parte do concerto foi assegurado por duas jovens vozes, a de Josy Ramos, cantora de quinze anos, mas já detentora de uma grande maturidade vocal e de Ashley Fortes, de vinte cinco anos, conhecida do público francês através da sua participação no programa televisivo «Nouvelle Star».

Tito Paris entrou em palco com a sua banda, constituída de uma bateria, um baixo, um órgão, um cavaquinho elétrico e um trompete. O cantor acompanhou-se, durante todo o concerto, da sua guitarra semiacústica.

O estilo musical inconfundível de Tito Paris fez-se de novo ouvir através da mistura de estilos, do jazz à música brasileira mas mantendo sempre a sonoridade caboverdiana. Como o artista explicara numa entrevista ao LusoJornal: «Sempre gostei de fazer música com outras sonoridades, mas sem tocar na raiz que é a música de Cabo Verde, e essa fusão de som é muito boa».

O público conhecia todas as canções de cor, e entrava muitas vezes em interação direta com o músico, como se de um antigo amigo se tratasse, oferecendo-lhe chapéus e bolachas de Cabo Verde em pleno concerto. Tito Paris respondia com cumplicidade e o concerto transformou-se numa grande reunião festiva de amizade e convívio musical.

O público dançou do início até ao fim e era constituído de muitos Caboverdianos, mas também de Portugueses e Franceses. Tito Paris já havia elogiado, no LusoJornal, o público francês dizendo que «é um público curioso culturalmente, gosta de provar e de ver. (…) É um público muito culto, gosta de receber a cultura de outro povo e é por isso que é respeitado culturalmente em todo o mundo».

O prazer de estar em palco era evidente no sorriso de Tito Paris, que afirmara «eu adoro estar num palco com as pessoas a olhar para mim e eu a olhar para elas, sentir aquele calor humano, juntamente com as harmonias, melodias, batidas, ritmos, etc., é muito bom, é fantástico, é outra emoção».

A cantora Mariana Ramos juntou-se ao cantor em palco para um duo, e Tito Paris fez também menção a Cesária Évora cantando «Petit Pays», um clássico da «Diva dos pés descalços».

O concerto-festa acabou em apoteose com a tão esperada canção emblemática de Tito Paris «Dança ma mi criola» já na parte do ‘encore’. Depois do concerto o cantor tirou fotos e deu autógrafos para o contentamento dos presentes.

Tito Paris assumiu, assim, de forma plena, o seu papel de embaixador de Cabo Verde, que explicava ao LusoJornal, como sendo uma responsabilidade e uma honra. «Eu sinto responsabilidade, eu sou um Diplomata do Estado caboverdiano, tenho um visto diplomático e sinto responsabilidade em divulgar a cultura de Cabo Verde em vários domínios a educação musical, cultural e do Homem, quando me atribuem um título deste, é uma honra, mas também uma responsabilidade».

 

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