Trabalhadores em greve da CGD/França convocam manifestação junto à Embaixada de Portugal

Os trabalhadores grevistas da Sucursal de França da Caixa Geral de Depósitos (CGD), através da intersindical FO-CFTC apelam a uma manifestação na sexta-feira, dia 25 de maio, das 14h00 às 18h00, junto à Embaixada de Portugal em Portugal, 3 rue Noisiel, em Paris 16.

Segundo uma nota da Comissão dos trabalhadores grevistas, a manifestação visa protestar «contra a alienação da Sucursal de França da CGD prevista no Plano de reestruturação negociado pelo Governo português com Bruxelas e a consequente morte do serviço público da banca dirigido à emigração portuguesa em França», mas também contra «o não respeito pela Administração de Lisboa da Lei portuguesa (ao recusar dar conhecimento aos trabalhadores do Plano que determina o seu futuro e o futuro do serviço da banca aos nossos compatriotas em França)», contra «o não respeito pela Direção Geral da CGD em França das leis deste país, nomeadamente as leis laborais, e as suas tentativas constantes de intimidação dos trabalhadores em geral e dos trabalhadores em greve em particular» e contra «a gestão danosa da Sucursal da CGD França onde sob a alçada da atual Direção Geral se esbanjaram milhões de euros em projetos inoperantes que levaram a uma acentuada degradação do serviço à clientela portuguesa e à deterioração da saúde física e mental dos trabalhadores».

O movimento de greve na Caixa Geral de Depósitos já se tinha «politizado» com a vinda a França de uma Deputada do Bloco de Esquerda, mas desta vez, os trabalhadores em greve e os seus representantes, levam o assunto para a esfera institucional, ao manifestar junto da Embaixada de Portugal.

Porque «A Caixa também é nossa!» os representantes dos trabalhadores apelam: «Emigrantes portugueses em França, clientes e trabalhadores da banca pública em França, participem na manifestação do dia 25 de maio, para connosco dizerem: Não à sabotagem e à venda da CGD» e acrescentam: «Contra a sabotagem da CGD França e a sua privatização! Pela continuidade do serviço da banca pública aos emigrantes portugueses em França! Pela abertura de reais negociações para pôr um termo ao atual conflito e aos enormes prejuízos que acarreta! Pelo respeito dos clientes da banca pública e a Lei dos dois países!».