Victor Santos: a mota como paixão

[pro_ad_display_adzone id=”46664″]

Estima-se o número de motards em França em 2,5 milhões, enquanto em Portugal o número ronda os 600 mil.

Faz parte destes números o lusodescendente Victor Santos, a quem o LusoJornal entrevistou sexta-feira passada.

Victor Santos anda de mota há cerca de 45 anos. Contou-nos que no início foi por comodidade de deslocação, mas também para se mostrar, nomeadamente junto das “cachopas”, futuras namoradas. Era algo que na altura atraia.

Os anos passam e a mota torna-se uma paixão, paixão que já partilhou quase com uma vintena de modelos de mota.

Cuidadoso e respeitante, diz ter tido somente um pequeno acidente, contudo confirma que é por vezes parada que a mota pode provocar quedas, devido ao seu peso, que pode atingir cerca de 200 quilos. É preciso não perder o equilíbrio quando se para a mota, quando se estaciona.

Recordações são já muitas, entre viagens a Portugal de mota e outros países europeus, em participações em concentrações, a exemplo de Góis e Faro.

A ida aos Estados Unidos e os numerosos quilómetros feitos na mítica estrada 66, é uma recordação e aventura que fica e que todo motard deseja um dia efetuar. Foi o caso de Victor, com 7 outros amigos amantes de motas.

Victor Santos fez parte de duas associações de motards, com elas organizou viagens, encontros e patuscadas.

Victor Santos sente atualmente uma mudança na maneira em que os motards se comportam, ele que se recorda de várias vezes ter sido socorrido por motards que não conhecia, em momentos de avarias, de necessidade da ajuda.

Victor Santos, que terá já efetuado várias voltas ao mundo – se contarmos o número de quilómetros que fez com as suas motas – não aprova certos comportamentos que acha irresponsáveis de motards que fazem corridas em autoestradas, que circulam em sentido contrário, que fazem rodeios. “São a má imagem do verdadeiro motard”.

Victor diz não sentir que haja verdadeiras seitas de motards, contudo admite que há certos clãs, que por vezes se julgam um pouco superiores, tais como os utilizadores de Harley Davidson.

Os motards têm ainda algumas batalhas a travar e a ganhar. Regozija-se contudo que tenham ultimamente vencido algumas, tais como, por exemplo, as barreiras metálicas à saída das autoestradas e a pintura utilizada nas passagens para peões.

Transmitir o gosto pela mota não seria problema para Victor Santos, mesmo se concordando com o facto de que 7 horas de formação para se conduzir uma mota é bem pouco.

O desejo de Victor Santos? Que a pandemia desapareça para poder ir novamente de mota a Portugal, assistir à concentração de 20 mil motards em Faro, em julho e, porque não, assistir a um grande prémio de mota com a presença do português Miguel Oliveira em GP.

 

[pro_ad_display_adzone id=”37510″]