Lionel Balteiro

Bordallo Pinheiro, empresa que recuperou de falência aposta na França

A empresa que este ano comemora 135 anos tem previstos investimentos na remodelação da Loja e do Museu Bordallo, localizados nas primitivas instalações fabris, nas Caldas da Rainha, cidade onde prevê também abrir uma nova loja de peças da marca. A empresa que recuperou de falência tem apostado também no mercado internacional inclusive a França, estando presente em Paris.

A empresa inaugurou esta semana o projeto de expansão e modernização em que foram investidos mais de nove milhões de euros para “suportar a inovação produtiva, aumentar os níveis de concetividade e expandir a sua capacidade de produção para os mercados externo”, afirmou Nuno Marques, presidente do conselho de administração do Grupo Vista Alegre – detido pelo Grupo Visabeira – onde a Bordallo Pinheiro se insere.

Com uma área de 12 mil metros quadrados a nova unidade industrial permitiu aumentar o número de trabalhadores para 270 pessoas.

Mesmo em obras ao longo do ano de 2018 a empresa aumentou em 6% o seu volume de negócios, atingindo os 6,4 milhões de euros, dos quais 50% foram provenientes de exportações.

Com ampliação das instalações a empresa prevê aumentar para 75% a quota de mercado externo, tendo como principais mercados internacionais a França, Itália, Espanha, Reino Unido, Holanda, Suécia, Estados Unidos e Japão.

Os elogios são muitos e até do próprio Governo português. O primeiro-ministro, António Costa, elogiou a capacidade de inovação das Faianças Bordallo Pinheiro, empresa que recuperou de um processo de falência e inaugurou uma nova unidade, num investimento superior a nove milhões de euros.

O líder do executivo, que inaugurou um projeto de expansão da empresa, destacou a “visão empresarial” do grupo Visabeira, que em 2009 adquiriu a fábrica que se encontrava em risco de fechar.

António Costa destacou a capacidade de “manter viva a produção original”, mas também de “reinventar e dar continuidade” às peças criadas por Rafael Bordallo Pinheiro através de criações de designers contemporâneos.

Apostas que resultaram num aumento da produção e da exportação da empresa que, lembrou António Costa. A Câmara Municipal de Lisboa foi convidada “a ajudar”, em 2009, e adquiriu um conjunto de peças para criar um jardim bordaliano.

 

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