Luisa Semedo

Que mais deseja para 2018… Luísa Semedo, Conselheira das Comunidades

O ano de 2017 foi o da confirmação da subida e propagação de temáticas outrora reservadas à Extrema Direita. O populismo, as fake news, a violência nas redes sociais, o nacionalismo a intolerância, as desigualdades, a insensibilidade ao destino dos mais vulneráveis, nomeadamente dos refugiados, são algumas das manifestações do retrocesso civilizacional a que assistimos.

Por outro lado, vivemos momentos históricos com uma verdadeira tomada de consciência internacional sobre a questão das violências feitas contra as mulheres, foi o ano a partir do qual ninguém poderá mais dizer que “não sabia”.

Foi também o ano, em Portugal, em que vozes da diversidade, nomeadamente afrodescendentes e ciganos puderam começar a fazer ouvir a sua voz. E o ano em que um memorial às vítimas da Escravatura encontrou a adesão suficiente para ser enfim erigido em Lisboa.

O que mais desejo para 2018 é o fim da crise dos refugiados, o fim da escravatura dessas populações que fogem da guerra e da fome. Para as Comunidades desejo um reforço no apoio dado à cultura e sobretudo à assistência social asseguradas em grande parte pela rede associativa.

Desejo também de forma puramente egoísta, mas assumida – eu e mais uns milhões – que Portugal ganhe o Mundial 2018.

Bom Ano Novo ao LusoJornal e a todas as leitoras e leitores!